A luta pela sobrevivência nos submete a condições de trabalho sem questionamento, colocando no segundo plano a nossa saúde física e mental. Há vinte e cinco anos atrás quando se falava em acidente do trabalho ou doença profissional, a estatística mostrava somente ocorrências nas fábricas, na construção civil, ou seja, áreas em que eram mais evidentes.
A lesão física nem sempre é visível e mensurável sem um instrumento apropriado. O aumento substancial de trabalhadores de escritório, de supermercado e de bancos que apresentam dores e dificuldade de movimento nos braços, ombros e punhos levou o movimento sindical a aprofundar o assunto, fazendo pesquisas e estudos médicos.
Hoje podemos afirmar que existe relação direta desses sintomas com o trabalho executado: é a LER/DORT (Lesão por Esforços Repetitivos/Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho).
Na medida em que aprofundamos nossas investigações sobre determinado fato, vamos constatando que aquilo que parecia um tema totalmente isolado está diretamente ligado ao todo. Os bancos têm reduzido o número de trabalhadores por local de trabalho, paralelamente à introdução de novas tecnologias e a exigência do aumento da produtividade de cada bancário para suprir as lacunas deixadas pelas demissões. O banqueiro está gerando aumento de desemprego, de doenças profissionais e, ao mesmo tempo, buscam fugir da responsabilidade sobre a situação, contribuindo diretamente para seu agravamento. Além dessas dificuldades, somos obrigados a enfrentar no INSS para assegurar o reconhecimento da doença como sendo do trabalho.
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