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05/11/2018 - 09:15:40
EM NOVE MESES, BRADESCO LUCRA R$ 15,734 BILHÕES

Resultado representa crescimento de 11,1% em relação ao mesmo período de 2017; mesmo assim, em 12 meses banco cortou 2.529 empregos

O Bradesco obteve, nos nove primeiros meses de 2018, lucro líquido recorrente de R$ 15,734 bilhões, crescimento de 11,1% em relação ao mesmo período de 2017. Mesmo apresentando resultados sempre melhores, o banco segue cortando postos de trabalho. Em 12 meses (setembro de 2017 a setembro de 2018) já são 2.529 empregos a menos. O lucro corresponde a uma rentabilidade de 18,7%, 0,6 ponto percentual acima do ano passado.

O aumento no lucro se deu, principalmente, pela redução de despesas. Despesas de captação de recursos tiveram queda de 34% e as com provisão para devedores duvidosos caíram 30% em comparação aos nove primeiros meses de 2017. Além disso, houve também forte incidência de créditos tributários no período.

“O Bradesco, diante dos resultados alcançados, deveria contratar mais bancários para reduzir a enorme sobrecarga de trabalho, principalmente nas agências, decorrente do quadro insuficiente de funcionários. Todos os seguimentos de crédito cresceram, o índice de inadimplência caiu significativamente, de 4,8% em setembro de 2017 para 3,6% em setembro de 2018; e as despesas com captação de recursos e com provisão para devedores duvidosos tiveram quedas expressivas”.

Apenas com a receita de prestação de serviços e tarifas bancárias, que tiveram alta de 4,4% e alcançaram R$ 18,560 bilhões, o Bradesco cobre 131% do total das suas despesas com pessoal, que tiveram queda de 13,6% em relação aos nove primeiros meses de 2017, representando outra fonte de elevação nos lucros do Bradesco.

Outros dados

A carteira de crédito do Bradesco chegou a R$ 523,431 bilhões, com crescimento de 7,5% em relação a setembro de 2017. A carteira de Pessoa Física apresentou elevação de 8,1% e chegou a R$ 186,159 bilhões, com destaque para o crédito consignado, que cresceu 14,2%, veículos, com aumento de 14,1%, e financiamento imobiliário, que cresceu 11,2%.

Já carteira de Pessoa Jurídica cresceu 7,2%, alcançando R$ 337,272 bilhões em setembro de 2018, sendo que para o segmento de micro, pequenas e médias empresas a alta foi de 8,3% e para grandes empresas foi de 6,7% no período.

A rede de agências chegou a 4.652 unidades, redução de 193 unidades em 12 meses, sendo 48 apenas no último trimestre.

“O Bradesco deveria levar em conta que a tecnologia, apesar de dinamizar a vida das pessoas, não está acessível para todo o conjunto da população e nem todos desejam trocar o atendimento presencial pelo digital. Quem deve escolher o canal de atendimento é o cliente. Não deve ser imposto pelo banco com a redução do número de agências físicas”.

 



Fonte: SP Bancários
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