Nos oito
primeiros meses de 2018, foram fechados 2.245 postos de emprego bancário em
todo o Brasil, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged). Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná foram os estados com maiores saldos
negativos. Em agosto, os bancos abriram 200 postos de trabalho pelo país,
segundo mês consecutivo com saldo positivo e o terceiro em 2018. Foram, 19.715
admissões e 21.960 desligamentos no período
Desde janeiro de 2016, observa apenas 6 meses com
saldos positivos, sendo três em 2018 (janeiro de 2016, julho e novembro de
2017, janeiro, julho e agosto de 2018).
Clique aqui e veja os destaques do Dieese.
A análise por Setor de Atividade Econômica revela
que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba bancos
como, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foram responsáveis
pelo fechamento de 1.363 postos, entre janeiro e agosto de 2018. No caso da
Caixa, o fechamento foi de 1.020 postos no período.
Faixa Etária
Os bancos continuam concentrando suas contratações
nas faixas etárias até 29 anos (67%), em especial entre 18 e 24 anos (40,7%).
Foram criadas 7.337 vagas para trabalhadores até 29 anos, no período. Acima de
30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo (ao todo, -9.582 postos),
com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 4.660 postos no
período.
Desigualdade entre Homens e Mulheres
As 9.466 mulheres admitidas nos bancos nos
primeiros oito meses de 2018 receberam, em média, R$ 3.550,54. Esse valor
corresponde a 72,2% da remuneração média auferida pelos 10.249 homens
contratados no período. Constata-se a diferença de remuneração entre homens e
mulheres também nos desligamentos. As 10.953 mulheres desligadas dos bancos
recebiam, em média, R$ 5.529,10, o que representou 74,7% da remuneração média
dos 11.007 homens desligados dos bancos.
Reflexos da Reforma Trabalhista nos dados do CAGED
As demissões sem justa causa representaram 55,4% do
total de desligamentos no setor bancário, entre janeiro e agosto de 2018. As
saídas a pedido do trabalhador representaram 36,3% dos tipos de desligamento.
Nesse período foram registrados, ainda, 65 casos de demissão por acordo entre
empregado e empregador, modalidade de demissão criada com a aprovação da Lei
13.467/2017, a Reforma Trabalhista, em vigência desde novembro de 2017. Os
empregados que saíram do emprego nessa modalidade apresentaram remuneração
média de R$ 9.269,68.