Os
sindicatos reafirmaram a manutenção do Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho
(CCT), com garantia do Saúde Caixa, durante a sétima rodada de negociação com a
Caixa Federal, realizada nesta quarta-feira (22), em São Paulo. Os sindicatos e
a Caixa retomam o processo de negociação nesta quinta-feira (23). O dirigente
sindical Carlos Augusto (Pipoca) participou da rodada como representante da
Federação dos Bancários de SP e MS. A seguir, os principais pontos da proposta
da Caixa.
Trabalho
noturno: exclusão da jornada mista. O
atual aditivo garante o pagamento do adicional noturno, mesmo
nas horas de trabalho efetuadas após às 7h.
Tíquete e
cestas alimentação: limitar o pagamento nas licenças
médicas por no máximo 180 dias e excluir o pagamento nas hipóteses da Licença
Caixa. E mais: limitar em dois anos o pagamento nos casos de prorrogação da
licença acidente de trabalho e doenças graves.
Ausências permitidas (cláusula
20ª): exclusão da linha I, que versa sobre o abono de ausências para
participação em seminários, congressos ou outras atividades; da linha L, que
garante o abono das ausências de 12 a 16 horas, por ano, conforme a jornada no
empregado, respectivamente, para levar cônjuge, companheiro (a), pai, mãe e
filho ou dependente, para profissional de saúde mediante a comprovação até 48
horas após; e da linha M, abono de dois dias por ano para internação hospitalar
por motivo de doença de cônjuge, companheiro, filho, enteado, pai ou mãe.
Saúde
Caixa: O Saúde Caixa passaria a ser chamado de
assistência saúde. A Caixa afirma em sua proposta que aplicará as normas da ANS
e reorientação da CGPAR (Comissão
Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações
Societárias da União), assegurando assistência apenas aos empregados
ativos e aos respectivos dependentes. Quanto aos aposentados, só garantirá
assistência para os empregados que se desligarem até a data de início da
vigência do futuro Aditivo.
Auxílio-doença: limitar
a suplementação (cláusula 33 do Aditivo) ao período máximo de 365 dias,
consecutivos ou não, para cada período de 10 anos de trabalho.
Banco de
Horas: A proposta diverge das condições
previstas no atual Aditivo (cláusula 9ª). Hoje, pagamento de 50% e compensação
de 50%. No caso de agências com até 20 empregados, pagamento integral (100%).
Intervalo
de descanso: ampliar para 30 minutos para
quem faz jornada de 6h (15 minutos dentro da jornada e 15 minutos fora da
jornada). Hoje o intervalo é de 15 minutos. Para quem faz jornada acima de 6h,
redução para 30 minutos (hoje é 1h).
Avaliação: “diante do
lucro expressivo (R$ 6,7 bilhões no primeiro semestre deste ano), as propostas
da Caixa estão fora do lugar. Afinal, a instituição não vive um desequilíbrio
financeiro, que requer qualquer tipo de medida para sanear suas contas. É
preciso que prevaleça o negociado sobre o legislado, como sugere a nova
legislação trabalhista”.