A Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a entrada de novos usuários no Saúde Caixa
devido a problemas relacionados à cobertura assistencial, como negativas de
atendimento e descumprimento de prazos máximos.
“A medida só reforça a precarização ao
qual o Saúde Caixa está sendo submetido internamente pelo banco. As mudanças
realizadas pela Caixa e pela gestão do plano pioraram, e muito, o atendimento
aos usuários e não atendem à demanda necessária”.
O Saúde Caixa continua liderando a
lista de reclamações dos planos de saúde. Em fevereiro, o Índice Geral de
Reclamações (IGR) do plano era de 8,69 ocorrências para cada 10 mil usuários,
muito além da média do segmento, que era de 2,78. Dados de junho mostram que o
IGR do Saúde Caixa subiu para 9,63, enquanto a média do segmento está em 3,04.
O Saúde Caixa é um dos melhores
programas de saúde do país, mas com toda a negligência da direção da Caixa na
gestão, o plano é líder de reclamações há meses.
É a primeira vez que o Saúde Caixa
é impedido pela ANS de receber novos usuários, situação que evidencia o quadro
de sucateamento do plano por parte da direção da Caixa, que promoveu uma
reestruturação nas Gerências de Pessoas (GIPES), terceirizou o atendimento e
fechou as portas para o relacionamento com os usuários, prestadores de serviços
e terceiros contratados.
Resoluções
da CGPAR
As resoluções 22 e 23 da Comissão
Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações
Societárias da União (CGPAR) determinam que empresas estatais reduzam despesas
com a assistência à saúde dos trabalhadores e limitam a 6,5% da folha de
pagamento a participação no custeio dos planos de saúde dos funcionários pelas
empresas públicas.
Está disponível no site da Câmara
dos Deputados a enquete sobre o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 956/2018),
de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), com o objetivo de sustar a
resolução da CGPAR que determina as alterações no Saúde Caixa.