Dirigentes sindicais bancários de todo o Brasil se
deslocaram para São Paulo, nesta quarta-feira (1º), com a expectativa de
receber e debater a proposta que a Fenaban havia se comprometido a apresentar
para a Campanha Nacional Unificada 2018. Os bancos, no entanto, não cumpriram o
compromisso e anunciaram que uma proposta global, inclusive com índice de
reajuste, será apresentada na próxima rodada de negociação marcada para a
terça-feira (7).
“Registramos a expectativa dos bancários de receber
a proposta nesta quarta-feira, mas os representantes dos bancos disseram que só
fariam proposta de reajuste na próxima semana. A negociação transcorreu
debatendo ponto a ponto as cláusulas econômicas e de igualdade de oportunidades
da pauta de reinvindicações”.
“Destacamos que a categoria espera uma boa
proposta, completa, com aumento real diante do crescimento de quase 34% em
2017, de 20% no primeiro trimestre de 2018 e que segue em alta diante dos
balanços do semestre já divulgados.”
No dia 8, bancários de todo o Brasil se reunirão em
assembleias para deliberar sobre a proposta da Fenaban. “Está nas mãos dos
bancos resolver a campanha na mesa de negociação, intenção anunciada por eles
desde a primeira rodada de negociação em 12 de julho”.
Eles
ganham muito e podem pagar
Outros
dados indicam a excelente saúde financeira dos bancos e foram apresentados na
mesa de negociação para reforçar que o setor deve muito aos seus funcionários.
O
que ganham com receita de prestação de serviços e tarifas continua em elevação:
juntos, os maiores bancos acumularam o montante de R$ 32,4 bilhões nos
primeiros três meses do ano, crescimento de 6,9% em doze meses. Somente essa
receita, cobriria quase 140% do total dispendido em despesa de pessoal, que
inclui salários, encargos, benefícios, PLR, treinamentos, provisões
trabalhistas etc. Ou seja, pagam todos os funcionários com o que ganham com
tarifas e ainda sobra.