Representantes dos bancários
voltam à mesa de negociação,
nesta quarta, e cobram proposta final, compromisso assumido pelos bancos em 13
de junho.
Na
rodada de negociação
de 12 de julho, os bancos recusaram
assinar o pré-acordo de ultratividade, que garantiria a validade dos direitos
dos bancários até o final das negociações da Campanha Nacional 2018. A
justificativa dos negociadores da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi
de que, no dia 1º de agosto, um mês antes da data base da categoria (1º de
setembro), apresentariam uma proposta final para ser apreciada pelos
trabalhadores.
Por
isso, na quinta rodada de negociação, desta quarta-feira, os representantes de
bancários de todo o Brasil, que compõem o Comando Nacional da categoria, cobram
essa proposta final. “Queremos respostas para todas as reivindicações já
debatidas de saúde e condições de trabalho, emprego, igualdade de
oportunidades, além das cláusulas econômicas que serão tratadas nesta quarta”,
afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf) e uma das coordenadoras do Comando.
Não
são poucos os números e indicadores que comprovam a plena capacidade dos bancos
de atender às reivindicações da categoria. Em 2017, as cinco maiores
instituições financeiras que compõem a mesa de negociação pela Fenaban,
lucraram juntas R$ 77,4 bilhões. Um valor astronômico que impressiona ainda
mais quando revelado que o montante foi 33,5% maior que no ano anterior.
“Que
setor cresceu dessa maneira numa crise da proporção que estamos vivendo no
Brasil”, questionou a dirigente. “Isso é resultado do trabalho dos bancários,
muitas vezes além do limite para alcançar os resultados perseguidos pelos
bancos”, criticou Juvandia.
“Os bancos
têm uma dívida imensa com a sociedade brasileira e com seus empregados”. “Os
bancários querem aumento real, PLR maior, garantia para seus empregos e
direitos e cobram isso com a certeza de que trabalham para um setor que está em
totais condições de atender todas essas reivindicações e, mais que isso,
contratar mais bancários para prestar um atendimento cada vez melhor para toda
a sociedade.”