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24/07/2018 - 09:29:47
TERCEIRA NEGOCIAÇÃO COM BB TRAZ POUCOS AVANÇOS
Em mesa sobre saúde e segurança, representação dos funcionários do banco público protocolou mais uma proposta para a Cassi e pediu reabertura das negociaçõesA terceira mesa de negociações entre Comando Nacional dos Bancários,
representado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, e o
banco aconteceu nesta segunda 23, na sede do BB em Brasília. Conforme divulgado
no calendário das negociações, o encontro tratou dos temas da Minuta de
Reivindicações do Acordo Coletivo Aditivo (ACT) relacionados a Saúde do
Trabalhador e Segurança Bancária.
A Comissão de Empresa abriu a
reunião fazendo um relato dos problemas de afastamentos e adoecimento dos
funcionários que, em muitas das situações são causados pela forma de cobrança
das metas. Muitas metas abusivas são estabelecidas no BB fora do acordo de trabalho
das equipes e com o controle e solicitação exclusiva do gestor, sem ligação com
as metas das agências, no caso do BB, o sistema Conexão.
Os funcionários reclamam que
as metas geralmente não precificam o mês de férias, o que faz com que até no
período de gozo da folga o funcionário não descanse por aquele mês constar como
queda de rendimento.
O banco ficou de avaliar
essas situações com as áreas gestoras para entender melhor os problemas.
Cobrança de metas de caixas fora
do horário
A Comissão de Empresa relatou ainda que tem recebido muitas reclamações de
caixas, cuja cobrança de metas tem sido feita pelos chamados caixas líderes, em
muitos casos, fora do horário de trabalho e descumprindo o ACT. Essas cobranças
são incentivadas pela Plataforma de Suporte Operacional, mas os exageros não
estão sendo coibidos. O banco
solicitou que a representação dos bancários informasse as situações pontuais
para que a prática seja coibida.
Correspondentes bancários dentro
das agências
Foram denunciadas também várias situações de correspondentes bancários dentro
das agências, atuando nas salas de autoatendimento e até nas mesas de trabalho.
Há uma reivindicação na minuta para que essa prática seja proibida, uma vez que
traz para o ambiente interno uma concorrência de venda de produtos e serviços
que prejudica a realização das tarefas dos funcionários, além de trazer
insegurança jurídica para a empresa.
O banco foi categórico ao afirmar
que o correspondente bancário não é para atuar dentro da agência e vai orientar
as unidades a cumprir o que determina a norma do Banco Central.
Sem avanços nas questões de saúde
Nas questões específicas de saúde, não houve avanços e o banco se
comprometeu a renovar as cláusulas do ACT que tratam desse tema. Algumas
cláusulas tratadas também sem avanços ainda serão objeto de discussão sobre redação.
Intervalo intrajornada ou
intervalo de almoço
Uma novidade colocada pelo banco foi a proposta de flexibilização do
intervalo de almoço. Ao funcionário de 6 horas passaria a possibilidade de
intervalo de 15 até 30 minutos e para os funcionários de 8 horas, seria
permitida a redução do intervalo para até 30 minutos. Em ambos os casos,
normatizado no ponto eletrônico e sem opcional pelo funcionário, não sendo
obrigatória a flexibilização.
Proposta para a Cassi
A representação
dos trabalhadores protocolou ao banco uma nova proposta para a Cassi,
construída junto aos sindicatos, com o objetivo de mais uma vez chamar o banco
à negociação na Mesa Específica da Cassi. Desde que a mesa foi interrompida,
não houve nenhum avanço concreto de propostas e isso tem causado insegurança
aos funcionários.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, a mesa não
trouxe avanços significativos, o que frustra os funcionários, principalmente no
que se refere às questões de saúde, afastamentos e em relação às metas
abusivas. “A perda de comissão no retorno de licença saúde é um ponto que
assombra muitos bancários e esperávamos um avanço maior. Esperamos que ainda no
decorrer do processo de negociação, tenhamos respostas efetivas sobre saúde e
segurança.”
Fonte: SP Bancários