“O mínimo que os bancos podem
fazer é assinar esse acordo que garante os direitos que a gente já tem. Não
importa se tem crise econômica ou não, os lucros são sempre cada vez maiores a
custa do nosso trabalho. Não tem por que sequer cogitar tirar qualquer direito
nosso”.
Nesta quinta-feira 12/07 será
realizada a segunda rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2018. Na
primeira rodada, em 28 de junho, os bancos não assinaram o pré-acordo
garantindo a ultratividade da CCT e não apresentaram nenhuma
proposta de calendário para as negociações da Campanha 2018.
O fim da ultratividade é
apenas um dos vários direitos anulados pela reforma trabalhista concebida pela
Lei 13.467/17, sob
encomenda do setor patronal – principalmente o setor financeiro – e
aprovada por um Congresso Nacional dominado por empresários.
“Agora além da luta pra conseguir novos
direitos, vamos ter que lutar pra manter aquilo que a gente já tinha. É uma lei
que traz um retrocesso muito grande que só beneficia o banco. Enquanto os
lucros só aumentam, os bancos querem tirar ainda mais direitos. É por isso que
a insatisfação só cresce entre os meus colegas”.
É um momento de atenção, mas
tem de ser também de bastante união. Mais do que a preocupação com aumento de
salário ou com a PLR, a preocupação hoje é com o emprego.