A
depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico, desordens mentais muitas vezes
negligenciadas entre a família e os amigos devido ao desconhecimento que ainda
existe sobre essas doenças, são um problema sério e cada vez mais comum.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje existem mais de 350 milhões
de deprimidos em todo o planeta.
Além
dos sintomas intrínsecos ao quadro — tristeza profunda, isolamento social,
falta de entusiasmo com a vida… —, a depressão (e mesmo o transtorno de
ansiedade e a síndrome do pânico) agrava ou se soma a fatores de risco
tradicionalmente reconhecidos como causadores das doenças cardiovasculares,
caso de obesidade, tabagismo, pressão elevada, colesterol alto, diabetes,
sedentarismo…
O
trabalho deixa claro que o manejo do estresse e o tratamento da depressão — bem
como da ansiedade e do pânico — contribuem para a redução da ocorrência de
eventos cardiovasculares. Os riscos são concretos, uma vez que os problemas de
origem mental estão associados a situações comprovadamente ameaçadoras para o
coração.
Uma delas é a insônia,
caracterizada pela demora excessiva para dormir, acordar com frequência durante
o sono ou despertar antes do tempo adequado. Quem tem insônia e dorme por volta
de seis horas por noite corre um risco 30% maior de desenvolver hipertensão no
comparativo com pessoas com sono normal. Já quem tem insônia e dorme menos de
cinco horas por noite enfrenta um risco 520% maior!
É preciso considerar também que o
indivíduo deprimido não raro abandona o tratamento de uma enfermidade e tende a
ingerir álcool e outras substâncias.
Esses inimigos aparentemente
invisíveis da saúde e do coração não são simples crises de tristeza, abatimento
ante um fato pontual da vida ou melindre, temperamento e capricho, como às
vezes são interpretados pela sociedade. Falamos de doenças que merecem máxima
atenção, apoio e tratamento médico especializado. Inclusive pelo bem do coração!