O banco afirmou que a
proposta, cujos detalhes serão melhor apresentados aos funcionários da ativa e
aposentados, tem como base o relatório da Consultoria Accenture, contratada e
paga pelo BB conforme negociação anterior, com os parâmetros estabelecidos no
Memorando de Entendimentos assinado em 21 de outubro de 2016.
A proposta apresentada
altera o custeio dos Plano Associados para ativos e aposentados, altera o
modelo de governança paritária e quebra o princípio da solidariedade,
instituindo também a cobrança por dependente.
Com a Contribuição por
Titular, o Banco do Brasil mantém os 4,5% e os associados 4%, ficando
permanente a contribuição extraordinária que iria até 2019.
A Contribuição por Dependente estabelece o valor base de R$ 360,57 (valor
limitado ao da 1ª faixa do Cassi Família II). Assim, a cobrança por dependente
se daria de forma diferenciada entre ativos e aposentados.
Os aposentados teriam de
contribuir com 100% do valor base (R$360,57) para o primeiro dependente e mais
20% do valor para o segundo em diante (R$72,11). Já para os ativos, seria 40%
do valor base por dependente até o terceiro (R$144,23 por dependente) mais 20%
do valor base (R$72,11) a partir do terceiro dependente. 60% desse valor seria
pago pelo Banco do Brasil direto para a Cassi.
No caso da Contribuição Total, ficam estabelecidos os dois tipos de contribuição
citados acima limitados a 10% da renda.
Mudança na governança
Com a mudança na governança, a Cassi passaria a contar com cinco diretorias
mais a presidência (modelo atual tem três Diretorias e Presidência). A
presidência e a Tecnologia e Inovação seriam indicadas pelo BB. Os
representantes de administração e gestão de Risco e Relacionamento seriam
eleitos. E Produtos e Programas e Rede de Atendimento seriam representados por
técnicos.
A proposta para a Governança inclui ainda o voto de
qualidade (voto de minerva) para o patrocinador no Conselho Deliberativo.
As Entidades farão debates com os associados para melhor entendimento e análise
técnica da proposta.
Para
Wagner Nascimento, Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a
proposta do banco aumenta consideravelmente o custo para aposentados e ativos
de forma desigual quando penaliza os menores salários. “As mudanças no modelo
de governança quebram a paridade de gestão e precisam ser muito bem estudadas,
principalmente pela introdução de agentes de mercado e a instituição do voto de
minerva, tão condenado pelos associados. É sempre bom lembrar que grandes
planos de saúde no Brasil que quebraram recentemente eram geridos por agentes
de mercado, sem compromisso com os associados. Orientamos os sindicatos a
realizarem debates com as suas bases para discutir os impactos da proposta
entre ativos e aposentados. ”
FEEB-SPMS