Depois de promover milhares
de descomissionamentos, fechar 13 mil postos de trabalho e centenas de
unidades, instituição pública está inaugurando “lojas de atendimento” com
funcionários terceirizados que fazem serviços de bancários
Desde que o governo Temer
tomou o poder, o Banco do Brasil não para de encolher e se descaracterizar. Em
parceria com a iniciativa privada, a instituição está abrindo “lojas de
atendimento” com funcionários terceirizados que fazem serviços de bancários. No
dia 10 de abril foi inaugurada, em São Paulo, uma unidade sob o conceito “Mais
BB Padronizado”.
Implantada em parceria com a corretora de seguros
Barraconi e a Promotiva, que se auto define como “gestão especializada de
correspondentes bancários”, a unidade oferece a comercialização de produtos e
foi “apadrinhada” pela agência Parque Boturussu, localizada em Ermelino
Matarazzo, na zona leste da capital paulista.
O BB agora passou a terceirizar o atendimento respaldado
pela nova legislação trabalhista que permite a terceirização de todas as
atividades de uma empresa. É a completa desvirtuação do caráter público da
empresa”.
De acordo com dados do balanço do Banco do Brasil, em
setembro de 2016, a instituição contava com 112 mil funcionários e 5.430
agências. Em dezembro de 2017, a empresa encolheu para 99 mil bancários e
4.770 unidades bancárias. São 13.590 postos de trabalho e 660 agências a menos
em pouco mais de um ano.
O sucateamento resulta na insatisfação dos
clientes. No primeiro trimestre de 2018 o Banco do Brasil foi a terceira
instituição financeira com mais de quatro milhões de clientes que
mais teve reclamações consideradas
procedentes pelo Banco Central.
“Qual a justificativa para encolher um banco público que
sempre apresentou lucro e desempenhou papel fundamental no desenvolvimento da
economia e da sociedade? Quem se beneficia com esse sucateamento de uma empresa
que oferece crédito mais acessível à população e ao setor produtivo?”.