O Sindicato tem recebido inúmeras reclamações de
gerentes do Bradesco sobre as avaliações dos atendimentos. Diariamente, os
gerentes devem cumprir um determinado número de ligações oferecendo serviços e
produtos aos correntistas. Após a ligação, o cliente recebe uma mensagem
automática e aleatória solicitando sua avaliação.
Em alguns casos, a mensagem é enviada para um número
que não é do cliente e, caso ele responda que não recebeu o contato do gerente,
gera no sistema um status de “não conformidade”. O gerente com esse status e
chamado para reuniões e feedbacks e acaba sendo ameaçado de demissão casa haja
nova ocorrência.
“O Sindicato está em contato com o banco em busca de
uma solução para o problema. Compreendemos que o resultado do trabalho realizado
pelos bancários não pode ficar submetido a falhas sistêmicas. Até onde sabemos,
não há sequer possibilidade de defesa quando apontada a não conformidade”.
“Orientamos
ainda que os bancários encaminhem informações como datas das ocorrências, dos
feedbacks e das ameaças de demissão para o sindicato”.
Denuncie os abusos
Basta olhar os números para concluir quantas inverdades
o Bradesco contou para os bancários enquanto finalizava o processo de compra do
HSBC. “Não haverá demissão em massa”, bradava o presidente na época. Após dois
anos, os Centros Administrativos estão desaparecendo, as áreas encolhendo e as
pessoas que permanecem estão submetidas a uma gestão de medo e ameaças. Os
bancários são discriminados se têm o nome restrito, se estão em tratamento de
saúde ou mesmo se estão grávidas. Não há espaço para diálogo ou
questionamentos, apenas para desrespeito e desmandos explícitos. O Sindicato
solicita que os bancários denunciem todas as práticas abusivas.