A
Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com o banco na
sexta-feira (23), em São Paulo. Os Centro de Realocação e Requalificação
Profissional, previsto na cláusula 62 da Convenção Coletiva de Trabalho da
categoria, foi o principal ponto de pauta tratado.
“Queremos
criar um centro de realocação por estado e saber o número de vagas em cada
localidade para permitir o acompanhamento de cada um dos sindicatos”, disse
Jair Alves, coordenador da COE do Itaú, explicando a reivindicação da categoria.
A mesma solicitação foi apresentada com relação ao Programa de Oportunidade de
Carreira (POC), criado pelo próprio banco com a intenção de promover a
concorrência de vagas disponíveis entre os próprios funcionários.
Para
facilitar o mapeamento e acompanhamento das demissões, admissões e realocações,
os trabalhadores solicitaram que o banco emita um relatório com o quadro atual
de funcionários por agência e postos de atendimento, considerando não apenas os
ativos, mas também os afastados.
A
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf)
disponibilizará uma planilha em Excel, a ser elaborada pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com dados
fornecidos pelo Banco Central. “A ideia é permitir que os sindicatos e
federações confiram os dados com a realidade constatada nas agências e postos
de atendimento. As informações, posteriormente, serão comparadas com as que
serão apresentadas pelo Itaú. Assim teremos um verdadeiro censo do emprego
bancário no banco”, explicou Jair Alves.
A cada
três meses a COE e o banco vão se reunir para tratar sobre o Centro de
Realocação e Requalificação e a questão do emprego.
Homologações
A COE também apresentou a reivindicação sobre a manutenção das homologações das
rescisões pelos sindicatos em suas sedes.
O
banco disse que não se opõe à assistência do sindicato no ato da rescisão, mas
reafirmou a intenção de manter a forma de rescisão que vem realizando.
A COE
solicitou que, não havendo possibilidade de realizar as homologações nos
sindicatos, para que o banco promova as rescisões de forma centralizada em um
local a ser definido pelo próprio banco e que o banco informe o sindicato local
com antecedência.
“As
agências não são os locais mais apropriados para se fazer as rescisões. Além
disso, gera ainda mais sobrecarga aos gerentes, que nem sempre têm a devida
preparação para fazer as rescisões. Isso faz com que haja muitos erros e perdas
para os trabalhadores”.