O
Banco do Brasil (BB) publicou nesta quarta-feira (7) um edital para
contratação de 30 escriturários para trabalharem em Brasília, Rio de Janeiro e
São Paulo. Seguindo determinações da Resolução
23 da Comissão Interministerial de
Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União
(CGPAR), o edital não prevê o plano de saúde, nem odontológico entre as
“vantagens” dos aprovados no concurso que forem contratados.
“Esse
é mais um dos ataques que o governo está colocando em prática contra a classe
trabalhadora. Querem aumentar a rentabilidade das empresas às custas da
exploração dos funcionários”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos
Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento.
Segundo
levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf),
desde 2009, quando os funcionários passaram a ter direito à assistência
odontológica, este é o primeiro edital de contratação de funcionários que não
inclui a concessão destes direitos. A Contraf já enviou um ofício ao BB
solicitando reunião para discutir o assunto.
A
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e as
federações e sindicatos a ela filiados vêm denunciando as armadilhas da
Resolução 23 da CGPAR desde sua publicação. “Continuaremos nessa luta com ações
políticas e jurídicas para derrubar essa e outras resoluções da CGPAR que
prejudicam os trabalhadores”, afirmou o coordenador da CEBB
Sustentabilidade
da Cassi
Para o coordenador da CEBB, ao não constar no Edital a concessão do plano de
saúde, o BB e o governo não apenas retiram direitos conquistados dos
trabalhadores, mas põem em risco a sustentabilidade da Cassi. “Pairam dúvidas
se as pessoas contratadas entrarão na Cassi. O não acesso vai inviabilizar o
plano”, observou o dirigente sindical.