O lucro líquido
ajustado do BB do quarto trimestre foi o maior lucro trimestral nominal
originado em suas operações na história do banco. O desempenho foi
impulsionado, conforme a instituição explica em relatório que acompanha as suas
demonstrações financeiras, pelos maiores ganhos com tarifas e ainda menores
despesas com inadimplência e gastos administrativos.
Em 2017, o lucro
líquido do banco totalizou R$ 11,1 bilhões, 54,2% maior na comparação com o
exercício anterior, de R$ 7,171 bilhões. Segundo o BB, o desempenho também
reflete o crescimento das receitas de tarifas e serviços, menos gastos com
calotes e ainda maior eficiência com o controle das despesas administrativas.
Com o lucro do ano
passado, o BB ficou no centro das suas projeções para 2017. Isso porque o banco
havia divulgado ao mercado que esperava que seu lucro líquido ajustado ficasse
entre R$ 9,5 bilhões e R$ 12,5 bilhões.
A carteira de crédito
ampliada do BB foi a R$ 681,3 bilhões no quarto trimestre do ano passado,
aumento de 0,6% em relação ao fechamento do terceiro trimestre, de R$ 677,037
bilhões. Em um ano, porém, os empréstimos se reduziram em 3,8%. Na pessoa
física, foi visto crescimento de 0,1% em dezembro ante setembro e queda de 0,1%
em um ano. Já a carteira da pessoa jurídica encolheu 0,4% e 8,9%,
respectivamente.
O total de ativos do
Banco do Brasil alcançou R$ 1,369 trilhão de outubro a dezembro, montante 2,3%
menor ante um ano, quando estava em R$ 1,401 trilhão. Na comparação com os três
meses anteriores teve queda de 2,2%.
O BB encerrou
dezembro com patrimônio líquido de R$ 98,7 bilhões, cifra 13,2% superior em um
ano, de R$ 87,2 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) no quesito
mercado do BB foi a 14,5% no quarto trimestre, melhora de 1,7 ponto porcentual
em relação ao terceiro trimestre, quando o indicador ficou em 12,8%. Em 12
meses, o índice cresceu 5,8 p.p.
Já no consolidado de
2017, a rentabilidade do BB atingiu 12,3% contra 8,8% no ano anterior,
reforçando a melhora dos resultados do banco público durante a gestão de Paulo
Caffarelli. O executivo assumiu o comando da instituição em 2016 com o desafio
de melhorar o seu retorno após uma política de concessão de crédito a juros
menores e em plena crise financeira.
No critério ajustado,
o retorno do BB foi a 12,5% no quatro trimestre ante 10,8% no terceiro e 7,2%
em um ano. Em 2017, ficou em 10,7% contra 7,5% no ano de 2016.
O lucro líquido do
BB, considerando eventos extraordinários, somou R$ 3,108 bilhões no quarto
trimestre, um salto de 222,7% ante um ano, de R$ 963 milhões. Em 2017, ficou em
R$ 11,011 bilhões, expansão de 37,1% em relação a 2016. A diferença entre o
lucro ajustado e o resultado com eventos não recorrentes no quarto trimestre,
conforme o banco, se deu por conta de R$ 80 milhões em eventos não recorrentes,
resultado de um valor negativo de R$ 294 milhões por planos econômicos,
compensados por um efeito positivo de R$ 199 milhões de ajuste de indenização
do Proagro fora questões fiscais.
O BB comenta seus
resultados do segundo trimestre hoje em coletiva de imprensa às 10 horas, na
nova sede, em São Paulo.