Nesta quinta-feira, 01 de fevereiro, a mobilização
integrou o Dia Nacional de Lutas, com protestos em todo o País contra as
ameaças de descumprimentos por parte do banco à Convenção Coletiva de Trabalho,
em vigor até 31 de agosto de 2018. “Algumas mudanças que o Itaú vem sinalizando
que irá implantar retiram direitos que estão garantidos pelos acordos assinados”.
Durante a paralisação, foram abordados os principais impactos negativos da
Reforma Trabalhista e os bancários foram alertados sobre as investidas do banco
em descumprir os acordos. “O Sindicato deve ser informado imediatamente caso
ocorra alguma irregularidade. Podem contar conosco para fazer valer os direitos
garantidos!”.
O que está acontecendo
O Itaú já informou, através de seu diretor de RH e Relações Sindicais, Sergio
Farjeman, que as homologações não serão mais feitas nos Sindicatos. Em
dezembro, o banco também havia tentado promover alterações com relação à
definição da data e período de férias. Havia estipulado que seus departamentos
Jurídico e de RH definiriam novas regras de acordo com as mudanças da lei
trabalhista.
“Conseguimos reverter a decisão sobre as férias. Agora, chega a
informação sobre as homologações, que deixa o trabalhador sem o respaldo dos
Sindicatos para a conferência dos valores a serem pagos pelo banco. Se não
mostrarmos nosso descontentamento, após o término da vigência da nossa
Convenção Coletiva, o banco vai querer retirar todos os direitos que ela garante”.
"A homologação da rescisão no
Sindicato é fundamental para garantir todos os direitos do trabalhador. Muitas
vezes, já tivemos casos de valores de multa não considerando o total do FGTS
recolhido durante o contrato de trabalho, necessidade de anotações ou ressalvas
na carteira de trabalho ou mesmo bancários demitidos em período de
estabilidade, adoecido ou em tratamento de saúde".
Só a luta garante
As negociações para a próxima Campanha Nacional também já foram
iniciadas. “Nós antecipamos com as negociações para buscar evitar perdas. Com a
nova lei trabalhista, se não assinarmos um novo acordo até o final da vigência
da convenção atual, podemos amanhecer no dia 01 de setembro sem nenhum direito
garantido, desde férias contínuas de 30 dias, vale-refeição até PLR e todos os
demais direitos que hoje temos. Por isso, temos que estar atentos e
mobilizados”.
"Se toda a categoria não se mobilizar agora, logo todos os bancos
retirarão nossos direitos. Temos de nos unir para nos defender uns aos outros”.