O Sindicato sempre priorizou
o processo negocial, mas, infelizmente, apesar do discurso de que é aberto ao
diálogo, não é isso que observamos do Santander quando o banco delibera
unilateralmente medidas que impactam os trabalhadores, sejam elas as do aumento
abusivo do plano de saúde (da ordem de 20%) ou medidas inconstitucionais, como
o acordo individual para o banco de horas. A Constituição estabelece que banco
de horas tem de ser negociado com o Sindicato, e a nossa Carta Magna é superior
a qualquer outro acordo ou convenção. Além dessas medidas, o Santander alterou
a data de pagamento de salários e do décimo terceiro e promoveu demissões em
massa.
O show de Ivete Sangalo nada
mais foi do que uma cortina de fumaça que escondeu as arbitrariedades que
seriam anunciadas a seguir. Lamentamos quando o banco diz que dará a maior
remuneração variável da sua história. O banco não dá nada. Isso foi conquista dos
trabalhadores, resultado de um trabalho árduo dos bancários para cumprir metas
abusivas, pagando muitas vezes com a própria saúde. Se o banco teve esse lucro,
foi graças ao esforço dos seus trabalhadores, que tiveram seus direitos
ceifados com medidas unilaterais do banco.
O Sindicato espera que o Santander alie discurso com a prática, provando
que é aberto às negociações, revogando essas medidas arbitrárias e vindo
debater todos esses temas.