O que a direção do Banco do
Brasil pretende esconder?
O Conselho de Administração
do Banco do Brasil, órgão máximo de decisão da instituição financeira, se
reunirá na segunda-feira 18. O conselheiro eleito pelos trabalhadores, Fabiano
Félix, não foi autorizado a participar de todas as discussões. A restrição
gerou estranhamento, principalmente após o Correio Brasiliense publicar matéria
sobre uma possível
reestruturação.
“Onde há fumaça, há fogo. E os funcionários precisam estar atentos, ainda mais
se levarmos em conta o farto histórico de inverdades e desinformações
divulgadas pela atual direção do Banco do Brasil e, principalmente, pelo seu presidente,
Paulo Caffarelli”.
“E, mais uma vez no final do
ano, somos surpreendidos por uma decisão do CA depois de uma matéria
jornalística. Viveremos novamente 2016, quando o Fantástico
anunciou uma tremenda reestruturação no BB?”
Pela legislação vigente, o representante dos
trabalhadores nos Conselhos de Administração de estatais e Empresas de Economia
Mista não pode participar de assuntos relacionados ao funcionalismo devido a
alegados conflitos de interesses. O Sindicato sempre se posicionou contra a
legislação dos representantes dos funcionários no Conselho de Administração.
“Mesmo a legislação sendo contrária, a direção do BB cai
no contraditório ao divulgar em todos os canais os compromissos com os seus
funcionários, a transparência da gestão proveniente de um modelo de governança
corporativa do novo Mercado. Então fica a duvida: depois de veiculado na mídia,
um possível furo de reportagem, de que viria uma nova reestruturação no BB, a
decisão de excluir o representante dos trabalhadores da reunião, mesmo que não
tenha direito a voz e voto, deixa a todos muito preocupados.
“Não adianta a direção do banco dizer que esta
preocupada com os funcionários, se age na surdina. Os trabalhadores exigem
participar, por meio do seu representante eleito, de qualquer discussão a
respeito de mudanças que poderão impactar diretamente suas condições de
trabalho e suas vidas. Vamos lutar por uma verdadeira transparência e
contra qualquer medida que afete a vida dos colegas”.