Para receber o patrocínio, a liga das escolas de samba terá que
apresentar projeto que se enquadre nas exigências técnicas da Rouanet.
O acordo entre Caixa e a Liga foi costurado pelo ministério da Cultura. Os
valores foram anunciados na tarde desta terça-feira (28) pelo ministro da
Cultura, Sérgio Sá Leitão, em Brasília.
O patrocínio do governo federal ao Carnaval do Rio chega no ano
em que o prefeito da cidade, Marcelo Crivella (PRB), cortou pela metade a
subvenção dada às escolas de samba. Desde 2016 que a prefeitura dá R$ 2 milhões
a cada uma das 12 agremiações do Grupo Especial (as primeiras do ranking). O
prefeito anunciou em maio que cortaria o valor à metade e destinaria a verba
para creches no município.
No dia do anuncio, ocorrido em junho passado, a Liesa declarou
que a falta da verba inviabilizaria o Carnaval na cidade. Cada escola recebeu
em 2017 cerca de R$ 6 milhões, oriundos dos recursos da prefeitura, venda de
ingressos e CDs e cota de televisão.
As escolas viram o patrocínio de entes públicos minguar nos últimos dois
anos em razão da crise no Rio. Petrobras e Governo do Estado cortaram suas
verbas para o Carnaval. O acordo com a Caixa reforça prática que divide
opiniões.