“ A Fenaban e os bancos não estão preocupados
com a saúde do trabalhador, nem com políticas de prevenção, se preocupam apenas
com a gestão dos afastamentos, ferindo os direitos humanos e a dignidade da
pessoa humana. Em tempos de volta do trabalho escravo, a discussão sobre saúde
e direitos humanos é urgente” alerta Walcir Previtale, secretário de Saúde do
Trabalhador da Contraf-CUT.
As negociações coletivas sobre as cláusulas de saúde, neste ano, já começaram em agosto e também já findaram. O cenário , diante da reforma trabalhista, dificultou o diálogo com os representantes da Fenaban. Do ano passado, ficou pendente a ratificação da cláusula 65 da CCT, que trata sobre o pagamento do adiantamento emergencial, porém os bancos insistem em divulgar ranking e o movimento sindical não aceita por considerar um instrumento de assédio moral.
“ Pedimos transparências com os dados dos bancos sobre os afastamentos para tratamentos de saúde e isso os bancos negam. É direito de todo trabalhador e do sindicato saber como anda a saúde da categoria, para podermos agir na prevenção. Divulgar ranking de vendas é retrocesso, a cobrança de metas abusivas é que gera o adoecimento! Não podemos e não vamos permitir ” afirma Ademir Vidolin, secretário de saúde da Fetec-Pr.
Durante o encontro, os representantes dos trabalhadores refutaram a atitude dos bancos em descumprir muitas cláusulas deste tema e em tratar a questão da saúde como individualizada, e apontam que a questão do adoecimento mental e de ler/dort é comprovadamente doença laboral e portanto deve ser discutida coletivamente.
"O direito à saúde é assegurado pela
Constituição Federal, e apesar da retirada de direitos promovida por um governo
ilegítimo, o Movimento Sindical resiste aos constantes ataques e busca a
proteção desse direito previsto na Carta Magna" conclui Previtale.