Os bancos fecharam
14.460 postos de trabalho no Brasil, entre janeiro e agosto de 2017, de acordo
com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta
sexta-feira (22), pelo Dieese. Em julho de 2017, registrou-se saldo positivo em
72 postos no setor bancário, após dezessete meses consecutivos de saldos
negativos. Porém, em agosto, o Caged registrou o fechamento de 3.780 postos.
Todos os estados
apresentaram saldo negativo de emprego no período compreendido entre janeiro e
agosto de 2017. São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro foram os estados mais
impactados pelos cortes, com fechamento de 3.751, 2.042 e 1.546 postos,
respectivamente.
A análise por Setor de
Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”,
categoria que engloba bancos como, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco
do Brasil, foi responsável pelo fechamento de 7.347 postos. A Caixa Econômica
foi responsável pelo fechamento de 6.845 postos.
Faixa Etária
Os bancários admitidos no período concentraram-se na faixa etária até 39 anos
de idade. Os desligamentos concentraram-se nas faixas etárias superiores a 25
anos e, especialmente, entre 50 a 64 anos, com fechamento de 11.614 postos de
trabalho. Os saldos são positivos apenas para as faixas de idade até 29 anos.
Desigualdade entre
Homens e Mulheres
As 7.677 mulheres admitidas nos bancos entre janeiro e agosto de 2017
receberam, em média, R$ 3.540,35. Esse valor corresponde a 69,2% da remuneração
média auferida pelos 7.735 homens contratados no mesmo período.
A diferença de
remuneração entre homens e mulheres é observada também na demissão. As 15.166
mulheres desligadas dos bancos entre janeiro e agosto de 2017 recebiam, em
média, R$ 6.629,66, o que representou 78,6% da remuneração média dos 14.706
homens que foram desligados dos bancos no período.