Nesta semana, sites de notícias nacionais divulgaram que o governo de Michel Temer (PMDB) estuda a possibilidade de fusão entre a Caixa e o Banco do Brasil. As informações são de que estão sendo retomados estudos iniciados nos anos 90 para tornar a Caixa uma instituição menor, com foco no crédito imobiliário.
Todas as demais operações seriam transferidas para o BB. Apesar do silêncio do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do atual presidente da Caixa, Gilberto Ochi, sobre o assunto, a notícia não pode ser descartada uma vez que Michel Temer tem anunciado diversas medidas que ameaçam as estatais, como a privatização da Caixa.
“Cada banco cumpre um papel diferenciado e temos que manter os dois bancos, que são necessários e vitais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. A Caixa é uma empresa forte, altamente rentável, com 155 anos de história e consolidada no mercado. Hoje, a Caixa é o segundo maior banco do país e tem um importante papel na execução de políticas públicas na área de habitação, saneamento básico, entre outras.
“Mais do que nunca é preciso manter os trabalhadores bancários e a sociedade mobilizados para barrar essa destruição do nosso patrimônio”.
Responsável por administrar os recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), entre outros programas de estímulo ao desenvolvimento econômico do país, o Banco do Brasil possui hoje mais de 5 mil agências espalhadas pelo país.
A fusão com a Caixa irá enfraquecer as duas
empresas.“Embora nos últimos anos tenha tido uma atuação voltada para o
mercado, o BB tem um papel fundamental no desenvolvimento do país, por meio da
concessão de empréstimos às pequenas e médias empresas e pequenos agricultores.
“Abrir mão desse papel é abrir mão de desenvolver os pequenos municípios, a
agricultura familiar, entre outras importantes áreas. Temos que nos unir para
resgatar o BB como um banco voltado para sua função de agente público
financiador do desenvolvimento do país e impedir sua privatização”.