Segundo representantes dos trabalhadores, mobilização deve ser de um
dia, entre os dias 26 e 30 de junho; dirigentes consideram que movimento deve
ser maior que o do dia 28 de abril, que parou o paÃs por 24 horas
As centrais sindicais aprovaram nesta segunda-feira 29 a
realização de uma nova greve geral, contra as reformas e o governo Temer, no
final de junho, em data a ser definida, mas que ficará entre os dias 26 e 30 do
mês que vem. Embora alguns defendam 48 horas, o mais provável é que seja
escolhido apenas um dia. A decisão deve sair na segunda 5, quando os dirigentes
voltarão a se reunir, em São Paulo. Eles prometem um movimento maior que o de 28 de abril.
Na tarde de segunda 29, representantes de nove centrais se reuniram na
sede da CTB, na região central de São Paulo, para avaliar a marcha a BrasÃlia
no dia 24 e definir as próximas ações contra as reformas.
"Para nós, tudo começa e termina nas reformas, que têm rejeição de 90% da
população", reforçou o diretor executivo da CUT Julio Turra. Além da
manutenção do "Fora Temer", a preocupação é impedir a tramitação das
propostas no Congresso, mesmo com uma possÃvel saÃda do presidente, que poderia
ser substituÃdo em uma eleição indireta. "Aos olhos do mercado, Temer
perdeu credibilidade".
A data exata da greve deve acompanhar o calendário das reformas no Congresso.
"O consenso é que será maior que a de 28 de abril", disse o dirigente
cutista, segundo matéria
da Rede Brasil Atual.
Além da nova greve, os sindicalistas mantêm as manifestações nas bases
eleitorais de deputados e senadores. Algumas centrais deverão fazer ato diante
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça 6, data prevista para o
julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.