O reajuste nos planos de saúde para
funcionários do Itaú a partir de maio deste ano, anunciado pelo banco, deixou
os trabalhadores indignados. O aumento foi decidido sem qualquer debate com os
beneficiários e sem a transparência necessária sobre os custos, o que tem
revoltado os empregados da instituição financeira.
O banco informou que os planos serão
reajustados em 16,44% para os titulares e 21,99% para os dependentes. E alega
que os reajustes são necessários por conta da inflação e dos custos crescentes,
mas não há qualquer debate transparente sobre o assunto. Desde 2011, o
Sindicato cobra do Itaú uma negociação clara, mas a instituição financeira se
recusa a assinar um acordo neste sentido.
O plano, que anteriormente era
autogerido pelos trabalhadores, agora fica nas mãos da Porto Seguro, que não
repassa informações precisas e nem oferece abertura para que sejam debatidos e
resolvidos eventuais problemas.
“Também são muitas as reclamações
sobre a burocracia para a liberação de procedimentos de alta complexidade,
cirurgias de urgência e suas intercorrências, como anestesistas, por exemplo”.
Unilateral – A dirigente destaca que
durante o último processo de negociação com o banco sobre o tema, eles
apresentaram o novo modelo de plano para os novos funcionários por faixa
etária, sem debater com os trabalhadores. Eles anunciaram em seguida que estava
proibida a inclusão de agregados no plano.
“O Itaú também tem discriminado quem
se aposenta, aumentando os valores das mensalidades, forçando que o beneficiado
tenha de procurar a Justiça para dar continuidade a tratamentos que já estavam
sendo realizados”.
“Questionamos o Itaú a respeito e
eles nos disseram que o reajuste não atingiu a maioria dos bancários, somente
os que pagavam o teto mensal. Ainda assim não é justo, visto que os salários
aumentaram em 8% em setembro e agora sofrem esta perda com um reajuste de mais
de 16%”, critica.
O Sindicato reivindica que o processo
de negociação seja retomado, e que os trabalhadores não sejam apenas
‘informados’ sobre as alterações, o que ela considera um descaso para com os
funcionários. "Também vamos cobrar do banco que esse reajuste seja
revisto. Caso eles não atendam nossas reivindicações, realizaremos protestos e
atividades sindicais nos locais de trabalho.”