Todo dia é
dia de defender empregos ameaçados pela terceirização; conquistas da CLT e da
CCT colocadas sob risco com a reforma trabalhista; combater o fim da
aposentadoria e o desmonte dos bancos públicos. Envie mensagens aos deputados e
senadores e participe das mobilizações promovidas pelo movimento sindical: só
assim não vão tirar tudo que temos
Está
comprovada a importância do acordo de dois anos. Para 2017 já está garantido:
além da reposição da inflação, aumento real de 1% para salários, piso, PLR,
vales alimentação, refeição e todas as demais verbas. O avanço veio da grande
greve feita pela categoria em 2016 e se mostra fundamental diante dos ataques
aos trabalhadores.
Mas se o
reajuste está acertado, outros direitos e até empregos estão ameaçados. Em março,
o governo Temer aprovou a lei da terceirização até para atividades-fim das
empresas. Os bancos aplaudiram. Agora querem passar uma reforma trabalhista
que, dentre outras aberrações, amplia possibilidades de trabalho temporário e
intermitente. Para que as empresas vão contratar se podem arrumar alguém para
fazer o serviço somente nos horários de pico?
“Mais uma
vez o setor financeiro comemora, já que saiu dos computadores dos lobistas dos
bancos emendas que pioraram muito a reforma trabalhista proposta pelo governo
federal”.
A reforma
da Previdência também segue a passos largos no Congresso Nacional, praticamente
acabando com o direito à aposentadoria. Ou alguém acredita que todos os
brasileiros terão emprego até os 65 anos de idade, ou conseguirão trabalhar por
mais de quatro décadas para conseguir o benefício integral do INSS e ter uma
aposentadoria digna? Por essas e outras, o Sindicato convoca os bancários para
a luta. O movimento sindical pressionará esta semana parlamentares em suas
bases para que não votem contra os direitos dos trabalhadores. De 15 a 19 de
maio ocuparão Brasília para pressionar e você pode fazer sua parte enviando
mensagem para deputados (bit.ly/DepSP) e senadores (bit.ly/ SenadoBR), e
participando das mobilizações convocadas pelo Sindicato.
• Reforma
trabalhista autoriza a demissão em massa
• O que está na lei não valerá mais para jornada, férias, redução de salário,
intervalos, PLR etc
• Possibilidade de jornadas de até 12 horas diárias
• O trabalhador poderá ficar à disposição por horas, mas o empregador fará o
pagamento somente pelo tempo efetivamente trabalhado
• Fim da ultratividade: enquanto não houver renovação do acordo, trabalhadores
ficarão sem os direitos da CCT
• Demissão em comum acordo permitirá que patrão e empregado possam extinguir
contrato de trabalho; empregador pagará metade do aviso prévio e da multa do
FGTS
• Tira homologação dos sindicatos, que não terão mais acesso a informações
sobre demissões
• Serão dispensados do ponto eletrônico, gerentes, tralhadores externos e em
teletrabalho
• Aposentadoria somente a partir dos 65 anos, com no mínimo 25 anos de
contribuição
• Benefício integral de aposentadoria somente para quem contribuir por pelo
menos 40 anos
• Idade mínima para se aposentar poderá subir ainda mais a cada dois anos.