Só veio depois de muita luta do Sindicato e dos
funcionários do banco espanhol na Campanha Nacional Unificada 2016
Uma das novidades do acordo
aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos funcionários do Santander é
a possibilidade de parcelar em três vezes o salário adiantado por ocasião das
férias.
Esse direito está garantido na cláusula 18 do aditivo –
cuja validade é de dois anos (2016/2018) –, assegurada após mobilização dos
trabalhadores e de intensas negociações entre Sindicato e o banco na Campanha
Nacional Unificada 2016.
“Quem teve acesso ao comunicado interno do banco desta
semana tem a impressão de que esse é um benefício dado de mão beijada pelo
Santander. Não foi. Esse e outros avanços só vieram devido à forte greve,
manifestações e intenso debate na mesa de negociação”.
“E esse parcelamento só veio
depois de muita insistência. Argumentamos que o trabalhador, em muitos casos,
passa por momentos de dificuldade por ter o holerite praticamente zerado quando
retorna das férias”.
Destacamos que os bancários do Santander são os
primeiros de banco privado a conquistar o direito ao parcelamento da
antecipação das férias. “Isso servirá de referência para colegas de outras
instituições”.
Como funciona – Ainda segundo a cláusula 18 do aditivo, esse
parcelamento vigorará a partir de abril deste ano. Ele é optativo, sendo que
quem o requisitar no RH do Santander terá o primeiro desconto apenas no mês
seguinte após o retorno das férias, correspondendo a um terço da remuneração do
trabalhador, e igual valor nos dois meses seguintes.
“Pai da criança” – O Santander quer ser o ‘pai da criança’ de outras
conquistas da categoria bancária, e as divulga como se fossem benefícios que o
banco decidiu conceder aos funcionários. Por meio de outro comunicado, divulgou
a licença-maternidade de 180 dias – uma conquista dos bancários prevista na CCT
desde 2009 – e a licença-paternidade de 20 dias, outra vitória da categoria,
esta após a forte greve de 31 dias do ano passado.
“Esse tempo maior da mãe e do pai com os filhos é fruto da luta dos trabalhadores ao lado do Sindicato, e vai além dos reajustes salariais. São conquistas sociais que só foram atendidas pelas instituições financeiras porque houve muita mobilização.