Reunião com banco será no dia 7.
O Sindicato vai cobrar da Caixa, em reunião no dia 7 de abril, que o pagamento da PLR dos bancários leve em conta o lucro recorrente, e não o contábil, como foi feito pelo banco.
A PLR inexpressiva creditada na quinta feira 30 causou
indignação e revolta entre os empregados. Assim, a comissão executiva dos
empregados (CEE/Caixa) marcou reunião com a direção do banco para a sexta-feira
7. Os representantes dos trabalhadores querem esclarecimentos sobre o cálculo
utilizado.
Entenda – Sem considerar o mau momento da economia, em 2016 o
banco projetou um lucro de R$ 6,7 bilhões. Com base nessa projeção, pagou aos
empregados a primeira parcela da PLR, em 20 de outubro do ano passado.
Entretanto, o lucro líquido contábil apresentado no dia 28 foi de R$ 4,1
bilhões, expressiva queda de 41,8% em 12 meses.
A Caixa, no entanto, divulga dois tipos de lucro: o
lucro líquido contábil e o lucro líquido recorrente. Esse último desconsidera
fatores extraordinários que não têm relação direta com as operações do banco
como desvalorização contábil de ativos, créditos tributários e PDDs
extraordinárias como as que ocorreram em 2016 em função de grupos econômicos
específicos. Esses fatores extraordinários reduziram o resultado da Caixa em R$
830 milhões no ano passado.
O que mudaria – Diante desse cenário, o Sindicato está reivindicando que
a Caixa utilize como referencia para o pagamento da PLR o lucro líquido
recorrente de R$ 4,967 bilhões e não o lucro líquido contábil de R$ 4,137
bilhões.
Utilizando o lucro líquido recorrente, tanto a PLR
adicional quanto a PLR Social teriam aumento de cerca de 20%, e a regra básica
também teria seu valor elevado.
Caixa 100% pública e forte – Diante dos rumores de fechamento de agências, a comissão
executiva também cobrará informações a respeito das unidades que a direção
declara que irá fechar, além da contratação de mais empregados.
“A direção da caixa está implantando uma gestão
equivocada e mesquinha que busca a rentabilidade de um banco privado por meio
da diminuição dos direitos dos empregados e das políticas sociais”, critica o
coordenador CEE/Caixa, Dionísio Reis. “A Caixa é o único banco 100% público do
país e deve manter e ampliar essa função. Quando a Caixa cresce, crescem o
Brasil, o emprego, a renda e a PLR dos trabalhadores.”
Também será mais uma vez reivindicada a implementação
urgente das alterações discutidas no RH 184, além da retomada do processo
seletivo interno para os cargos de auxiliar, assistente e supervisor, suspenso
no dia 9; e explicações sobre a mudança do instrumento de assédio moral do
banco que agora encontra-se sob a responsabilidade da corregedoria do
banco.