Em meio aos debates em torno da chamada reforma da
Previdência (PEC 287/16), em discussão na Câmara, o Senado terá uma comissão
parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a contabilidade e a situação
fiscal da Previdência Social. O requerimento pela instalação da comissão, lido
nesta terça-feira (21) em plenário, foi do senador Paulo Paim (PT-RS), e teve o
apoio de mais 57 senadores, cerca de 70% da casa. Ela terá sete membros
titulares e até oito meses de duração.
Paim quer verificar as dívidas de grandes empresas com a Previdência, a
sonegação e a concessão de anistias, desonerações e desvinculações tributárias
que teriam provocado o desabastecimento do caixa do setor nos últimos anos.
Segundo o requerimento, o foco da CPI será não apenas sobre os valores que
deixaram de ser aplicados, mas também sobre quem se beneficiou com isso.
Além dos sete membros titulares, a CPI terá cinco suplentes. O prazo de
funcionamento da comissão é de 120 dias, prorrogável por mais 120. Ela terá uma
dotação orçamentária de até R$ 100 mil para custear suas despesas.
Os líderes partidários já podem indicar seus representantes na CPI. No
entanto, eles não têm prazo definido para fazê-lo. O presidente do Senado,
Eunício Oliveira (PMDB-CE), pode, a seu critério, indicar os nomes caso entenda
que há demora excessiva. Uma vez nomeados todos os membros, a comissão poderá
ser instalada. Também não há prazo para isso. (Com
Agência Senado)