Em reunião com banco, representantes dos funcionários cobraram medidas que evitem prejuízos aos trabalhadores
Após a troca do plano de saúde dos funcionários pelo Santander, o que gerou
muitas dúvidas e reclamações, a COE (Comissão Organizativa dos Empregados)
realizou reunião com representantes do banco espanhol na terça 7. Na ocasião,
foram apresentados esclarecimentos sobre a mudança do Bradesco Seguros para
SulAmérica Saúde e da Unimed para Uniplan. Por sua vez, a representação dos
bancários cobrou que não existam quaisquer prejuízos aos trabalhadores.
Coparticipação – Com a mudança da operadora, a
coparticipação subiu de 20% para 25% em consultas, exames simples, terapias e
atendimentos de emergência e, a partir da sétima consulta, essa cobrança vai a
30% sem que haja teto e sendo ainda por dependente.
“Como o banco se recusou a atender nossa reivindicação de que os percentuais de
coparticipação não sofressem aumento, cobramos que ao menos os atendimentos
emergenciais não entrem nessa contagem. Além disso, reivindicamos
esclarecimentos sobre quais exames são considerados simples. O banco ficou de
estudar a proposta”, relata coordenadora da COE, Maria Rosani.
Sobre atendimentos em psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos, o Santander
esclareceu que a coparticipação será mantida sempre em 25%.
Níveis – Outra queixa dos bancários abordada na
reunião diz respeito aos níveis dos novos planos. Muitos funcionários que
tinham planos de nível superior, por opção própria, foram realocados conforme
seu cargo e salário e não têm a opção de fazer o upgrade do seu plano mesmo se quiserem pagar mais
por isso. O banco esclareceu que somente é permitido o upgrade do nível Master 1 (internação em
enfermaria) para o Master 2 (internação em apartamento) e que só foram
enquadrados como Master 1 os funcionários que assim optaram.
“Cobramos que a migração seja disponibilizada em todos os níveis de planos e
para todos. Isso garantirá a isonomia de direitos”, diz Rosani.
Já os funcionários contratados a partir de 1º de março deste ano foram enquadrados
no plano de saúde conforme seu cargo e salário, mas a cobrança da mensalidade é
feita pela faixa etária. “Somos totalmente contrários. A medida é
discriminatória em relação às pessoas de mais idade, que dependem mais do plano
de saúde. Reivindicamos o fim deste critério”, destaca a coordenadora da COE.
Rede credenciada – O Santander esclareceu que
todos os casos envolvendo tratamento de doenças crônicas, gestantes com mais de
24 semanas de gestação, recém nascidos, e trabalhadores afastados - que o
médico ou serviço não esteja incluído na rede credenciada da nova operadora -
serão analisados individualmente.
“Reivindicamos que nestes casos, incluídas doenças do trabalho, não seja
cobrada coparticipação. Além disso, esperamos que o banco de fato solucione,
caso a caso, a situação de pessoas que, por exemplo, não têm mais o seu médico
incluído na rede credenciada”.
“O Santander enfatizou que nada mudou e que não houve prejuízos aos
trabalhadores. Porém a rede credenciada mudou e, em inúmeros casos, foi
reduzida significativamente. Portanto, cobramos na reunião a ampliação em 30
dias, a partir de 7 de março, do prazo para indicações de médicos, hospitais e
outros serviços para as redes da Sul América e Uniplan. É fundamental que
seja mantida, ou ampliada, a rede credenciada que os funcionários do Santander
tinham acesso antes da troca de operadora”, conclui Rosani.