Apesar da cobrança feita pelas entidades
representativas, ainda não há qualquer informação sobre quando a Caixa
Econômica Federal vai divulgar o balanço de 2016. Enquanto isso, os empregados
de todo o país seguem apreensivos com relação ao pagamento da segunda parcela
da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Pelo Acordo Coletivo de Trabalho
(ACT) 2016/2018, o banco tem até 31 de março para creditar os valores.
“A situação é de total desrespeito com a categoria,
que não tem a menor ideia de quando será o pagamento. Temos recebido, todos os
dias, pedidos de esclarecimentos”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro
Ferreira. Fabiana Matheus, diretora de Administração e Finanças da Federação,
acrescenta: “enquanto o presidente Gilberto Occhi está de férias, os empregados
não sabem nem se terão o que receber. Há rumores de que o lucro de 2016 será
abaixo do projetado, o que vai afetar a PLR. Essa falta de informação e
transparência é a marca da atual diretoria da Caixa, que insiste em
desrespeitar os trabalhadores e trabalhadoras”.
PLR na Caixa
Na Caixa, a PLR é composta pela regra básica
Fenaban, prevista na Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2018 dos bancários,
correspondente a 90% do salário mais R$ 2.183,53, limitado a R$ 11.713,59;
parcela adicional, também presente na CCT, que representa 2,2% do lucro líquido
do banco dividido pelo número total de empregados em partes iguais, até o
limite individual de R$ 4.367,07; e a PLR Social, equivalente a 4% do lucro
líquido, distribuídos linearmente para todos os trabalhadores.
A primeira parcela, correspondente a 60% do total a
ser recebido, foi creditada no dia 20 de novembro do ano passado. Em 2016, o
que foi recebido de PLR até R$ 6.677,55 foi isento de Imposto de Renda Pessoa
Física. Acima disso, a tributação foi escalonada. Ainda não foi divulgado o
valor limite atual. Essa foi uma conquista muito importante da categoria, cuja
luta começou em 2011 e resultou na MP 597, que entrou em vigor em 1º de janeiro
de 2013.