A Caixa anunciou nesta segunda-feira (6) as regras
de um novo programa de demissão voluntária. As adesões já começam nesta terça,
7, e prosseguem até 20 de fevereiro. Os empregados que aderirem ao programa
deverão efetivar o desligamento da empresa no período de 14 de fevereiro a 8 de
março de 2017.
“Esse
plano de demissão voluntária reforça a intenção da Caixa de enxugar a empresa e
assim prepará-la para a privatização. É um absurdo a redução do número de
empregados nas unidades nesse momento em que o governo libera contas inativas e
consequentemente leva a população a procurar as agências da Caixa, que já estão
com a qualidade do atendimento comprometida por conta do número reduzido de
trabalhadores”, destaca o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa),
Dionísio Reis.
Para ele,
os empregados não devem aceitar pressão. Na Circular Interna com as regras do
PDVE, a empresa alega que o programa é de caráter extraordinário e se dará
apenas em 2017.
Conforme
a CI, estão aptos a participar do PDV empregados aposentados pelo INSS ou que
podem se aposentar até 30 de junho deste ano; trabalhadores com no mínimo 15
anos de efetivo exercício de trabalho na empresa; ou com adicional de
incorporação de função de confiança, cargo em comissão ou função gratificada
até a data de desligamento (sem exigência de tempo mínimo de efetivo exercício
na Caixa).
A Caixa
está propondo como incentivo financeiro para os desligamentos 10 remunerações
base do empregado, considerando data de referência 31 de janeiro deste ano.
O banco
propõe a manutenção por tempo indeterminado do Saúde Caixa somente para os
trabalhadores já aposentados pela Previdência Social ou que vão se aposentar
até 30 de junho, e empregados admitidos já na condição de aposentados pelo INSS
com o mínimo de 120 meses de contribuição para o Saúde Caixa. No entanto, para
os empregados que atendem as demais exigências o plano será assegurado por
apenas 24 meses.
Defesa
O
presidente da Fenae, Jair Ferreira, disse que é preciso intensificar a defesa
da Caixa 100% pública e sua importância para execução das políticas sociais que
o país precisa. “A situação já é de sobrecarga e adoecimento nas unidades de
todo o país, o que vai se agravar ainda mais com a diminuição do número de
trabalhadores. É inadmissível que a Caixa insista no argumento de que não
precisa de mais empregados, como tem feito nos últimos anos, quando cerca de 5
mil colegas deixaram o banco nos PAAs. Vamos lutar para que essas e futuras
vagas deixadas sejam repostas”, afirma.