Além disso, instituições financeiras
ganham com rotatividade, pagando salários bem menores aos admitidos do que
recebiam demitidos.
Mesmo sendo o setor que mais lucra no Brasil, que deveria ter compromisso, como
concessões públicas, de servir à população e colaborar para o desenvolvimento
do país, os bancos seguem cortando cada vez mais postos de trabalho bancário.
De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), as
instituições financeiras fizeram desaparecer 11.525 empregos nos 11 primeiros
meses de 2016. Destes, 1.516 só em novembro.
Além de cortar postos de trabalho, sobrecarregando bancários e precarizando o
atendimento à população, os bancos ganham com a rotatividade. Entre janeiro e
novembro do ano passado, os trabalhadores admitidos em instituições financeiras
ingressaram recebendo em média 59% do que ganhavam os bancários que deixaram os
bancos.
“A defesa dos empregos é uma luta permanente do movimento sindical bancário.
Não existe razão para que os bancos, que lucraram mais de R$ 64 bilhões entre
janeiro e setembro do ano passado, cortem postos de trabalho desta maneira.
Soma-se agora à ganância sem limites do setor financeiro, o agressivo desmonte
dos bancos públicos”.
“Além de elevar ainda mais o nível de desemprego no país, o corte de empregos
no setor financeiro sobrecarrega bancários, que já sofrem com assédio moral e a
pressão absurda para o cumprimento de metas abusivas, levando os trabalhadores
ao adoecimento”.
Apenas em 2013 (ano com as estatísticas mais recentes), mais de 18 mil
bancários foram afastados, de acordo com dados do INSS, em todo o país. Do
total de auxílios-doença concedidos, 52,7% tiveram como causas principais
transtornos mentais e doenças do sistema nervoso.