Durante audiência de mediação no Ministério
Público do Trabalho, em BrasÃlia, nesta segunda-feira (19), o Banco do Brasil
presta esclarecimentos sobre descomissionamentos e fechamento de
agências.
A audiência desta segunda-feira foi um episódio de extrema importância na luta em defesa do Banco do Brasil. Dirigentes sindicais tiveram a oportunidade de aprsentar ao Ministério Público do Trabalho as preocupações com o conjunto do funcionalismo, dos ataques que estão sendo recebidos, além da preocupação quanto a própria defesa do banco público. Do seu importante papel de desenvolvimento e de fomento, da sua importância na agricultura nacional, nos programas sociais, e da sua inserção nas comunidades e municÃpios pequenos.
Foi feita a crÃtica ao projeto de esvaziamento do banco, da tentativa de privatização do BB. Falou-se da privatização que é um modelo planejado por pelo atual governo federal, foi mencionada a tentativa de privatização das empresas públicas, como a Petrobras e a Caixa.
Na ocasião, os promotores se colocaram sensÃveis à s questões que foram colocadas. Em vários momentos, o banco ficou contra a parede, sem respostas. Entre as questões do funcionalismo, foi feito pelos representantes dos trabalhadores, o debate sobre a isonomia de direitos. Como os dirigentes executivos do banco, que passa pela reestruturação, têm doze meses de salários garantidos através do VCP e os outros comissionados apenas quatro meses, e pior ainda, o porquê dos caixas que não têm direitos nem a esses quatro meses. Essa crÃtica foi bem aceita pelos representantes do Ministério Público do Trabalho, que deixaram claramente ao banco que estas questões precisam de respostas.
O Ministério Público do Trabalho, atento às colocações do movimento sindical, e depois de ter ouvido as ponderações dos representantes do BB e, já indicando uma insatisfação quanto à falta de transparência e critérios objetivos para a recolocação dos funcionários afetados pelo plano de reestruturação, designou nova audiência para o dia 7 de fevereiro de 2017 e requereu que os representantes do banco levassem à direção da empresa as seguintes propostas:
a) Extensão da VCP para os
caixas;
b)
Pagamento da VCP para todos os afetados pelo prazo de doze
meses;
c) A criação de uma
comissão com Sindicatos para que seja acompanhado o processo de recolocação dos
excedentes;
d) Incorporação da comissão
para aqueles com dez anos ou mais de exercÃcio da função comissionada.
São, basicamente, demandas já submetidas ao Banco do Brasil, através da Comissão de Empresas. O Ministério Público do Trabalho, através da fala de seus representantes, foi categórico ao afirmar a necessidade de transparência quanto ao processo adotado e a urgência na resolução de conflitos criados por um modelo, que não foi amplamente debatido.
Os representantes dos trabalhadores deixaram claro para o banco que são contra a subjetividade dos processos. A estratégia é massificar a resistência na defesa do banco público.