Sindicato protesta e destaca a importância das empresas públicas para o Brasil.
A Caixa Federal pode promover desmonte semelhante ao que está sendo iniciado no
Banco do Brasil. O presidente da instituição, Gilberto Occhi, informou que está
em análise um plano de demissão ou de aposentadoria incentivada para cerca de
10 mil funcionários. O anúncio foi feito após reunião do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social, do qual Occhi participa. O banco monitora,
ainda, o desempenho de cem agências consideradas “deficitárias”.
“Se for necessário, vamos adotar medidas como redução de jornadas, transferências
de endereços e, em último caso, fechar as portas”, afirmou Occhi, após
participar de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o
Conselhão.
Para o Sindicato, o desmonte dos bancos públicos atende ao interesse das
instituições privadas e é prejudicial a todos os demais setores da sociedade
brasileira.
Essa redução de gastos com pessoal traz de volta o PAA (programa de
aposentadoria). “E já vem sendo feita, na prática, com o desrespeito a direitos
dos empregados como é o caso do RH 184 que aumentou a subjetividade dos
descomissionamentos e cortou os asseguramentos e incorporações dos valores da
remuneração dos trabalhadores”. “Além disso, a direção da Caixa vem avançando
contra as funções operacionais das agências, extinguindo a função de caixa, o
mesmo que foi tentado com tesoureiros e avaliadores, e só não avançou diante da
resistência dos trabalhadores ao lado do Sindicato”.
“E essa resistência vai continuar. A luta foi grande na Campanha Nacional
Unificada 2016, conquistamos a negociação em grupos de trabalho (GTs) que
começam no dia 24 sobre o descomissionamento arbitrário e dia 25 sobre o caixa
minuto. Vamos continuar acompanhando qualquer alteração que venha a ser proposta
pelo banco”.