Com
validade de dois anos (2016 e 2017). Comando dos Bancários avisa: tem de trazer
ganhos para a categoria.
A federação dos bancos (Fenaban) voltou à mesa de negociação após 22 dias de
greve forte, nessa terça-feira 27, com uma proposta de novo modelo de acordo,
com validade de dois anos (2016 e 2017). O Comando Nacional dos Bancários
reafirmou: seja qual for o modelo, tem de contemplar mecanismos de proteção ao
emprego, de saúde, valorização dos vales, do auxílio-creche, piso, igualdade de
oportunidades, segurança. Os representantes dos bancários cobraram, ainda, que
a proposta tem de trazer ganhos para a categoria.
Diante disso, a Fenaban informou que reunirá os bancos na manhã de quarta 28 e
a negociação continuará a partir das 15h, quando deve apresentar a proposta de
dois anos completa.
“Qualquer que seja o modelo, tem de trazer ganhos
para a categoria. Quanto mais direitos garantidos na Convenção Coletiva de
Trabalho [CCT], melhor”.
Outras categorias, como os metalúrgicos, já têm
acordos de dois anos. Em países da Europa isso também é comum. “Mas só compensa
ser feita essa mudança de modelo, se trouxer ganhos para a categoria. O setor
que mais lucra no Brasil não pode impor retrocesso aos seus funcionários”.
“Voltaremos a nos reunir nesta quarta-feira e esperamos uma proposta completa
dos bancos, que possa ser avaliada pelos bancários. Os trabalhadores estão
demonstrando toda sua disposição de negociar e resolver a campanha. Cabe agora
à Fenaban apresentar proposta decente, com ganhos para os seus funcionários, ou
a paralisação vai continuar em todo o Brasil”.