O recado
para Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa Federal, que compõem mesa de
negociação: é hora de construír saída e parar de prejudicar trabalhes e
sociedade
Os bancários, que fazem uma das maiores greves de sua história desde 6 de
setembro, também participam, nesta quinta 22, da paralisação nacional contra a
retirada de direitos, rumo à greve geral. Um grande ato será realizado a partir
das 16h, no vão livre do Masp (Avenida Paulista, 1.578).
“Essa mobilização nacional tem tudo a ver com todas
as nossas pautas. Também estamos lutando por emprego, pelo direito à
aposentadoria”.
“Vários bancários estão prestes a se aposentar, mas
já estão preocupados porque terão de trabalhar muito mais se as reformas
trabalhista e previdenciária, pretendidas pelo governo Temer, passarem. Vamos
continuar nossa greve forte e nos unir a todas as outras categorias por uma
pauta maior que é a pauta de todos os trabalhadores”.
Greve dos bancários - Em tantos anos de campanhas,
será que os bancos ainda não perceberam que os bancários são uma categoria de
luta e não arredam pé da mobilização se não tiverem proposta decente? Parece
que não...
Por isso, nesta quinta-feira 22, 17º dia de greve,
empregados de bancos públicos e privados travaram os maiores centros administrativos
dos grandes bancos. Além de centenas de agências, estão fechados o Ceic e o CA
Brigadeiro do Itaú; o Prime da Paulista e a Cidade de Deus do Bradesco; a Torre
do Santander; a Superintendência do BB e o prédio da Caixa na Paulista.
Esses bancos compõem a mesa de negociação da
Fenaban com o Comando Nacional dos Bancários e insistem em manter uma proposta
de reajuste abaixo da inflação para salário, PLR, piso, vales e auxílios,
recusam mecanismos de proteção aos empregos e melhores condições de trabalho. A
última rodada de negociação foi realizada em 15 de setembro e, desde então, silêncio
total dos banqueiros.
“Nosso recado é claro: se o setor que mais lucra no Brasil continuar se
recusando a pagar reajuste digno aos seus funcionários e atender reivindicações
tão justas como valorização dos vales, dos auxílios, respeitar os empregos”.
“Está na hora de os bancos construírem uma saída, apresentar proposta aos
bancários e parar de prejudicar os trabalhadores e a sociedade já tão
prejudicada pelas altas taxas de juros que ele cobram.”