Na manhã da sexta-feira 16, 11º dia da greve dos
bancários, algumas agências de bancos tiveram forçada a abertura das unidades.
Muitos se utilizaram de seguranças, usando até de violência.
De acordo com denúncias feitas ao Sindicato, houve
orientação, por ordem da Fenaban, para “abrir” as agências e isso faria parte
de um “pacto entre os bancos”. Mas os bancários não aceitaram a pressão.
O Sindicato avisa: greve é um direito constitucional e deve ser respeitado. A
lei 7.783/89 prevê, em seu artigo 1º, que “é assegurado o direito de greve,
competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre
os interesses que devam por meio dele defender”.
A legislação assegura, ainda, aos grevistas “o
emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a
aderirem à greve”. E proíbe as empresas de “adotar meios para constranger o
empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a
divulgação do movimento”.
“Se os bancos querem acabar com a greve, não
precisam usar de força, nem coagir trabalhadores a furar o movimento. Basta ter
seriedade na mesa de negociação, apresentar proposta com aumento digno aos
bancários, mecanismos de proteção aos empregos, valorização dos vales,
auxílios”. “Os trabalhadores vão continuar exercendo seu direito de paralisar
as atividades do setor que mais lucra no Brasil e que, ainda assim, se recusa a
respeitar seus funcionários e os clientes”.
“Enquanto não houver proposta decente a greve vai
continuar forte. Os bancários estão cada dia mais conscientes quanto à
necessidade do exercício do direito de greve, e sabem que só a luta pode nos
garantir melhores condições de trabalho”.