A oitava
rodada de negociação com a federação nacional dos bancos (fenaban), terceira
após a deflagração da greve nacional dos bancários, realizada nesta
quinta-feira (15) foi marcada novamente pela decepção. A fenaban não apresentou
proposta e continua insistindo na proposta abaixo da inflação (7% de reajuste e
abono de r$3,3 mil), que prevê perdas de 2,39% para a categoria, mantendo a
greve por tempo indeterminado.
Diante
da postura desrespeitosa e intransigente da fenaban, o comando nacional dos
bancários orienta a resistência e intensificação da greve e irá produzir uma
carta aberta à população, onde explica a importância do apoio à mobilização dos
trabalhadores bancários, uma categoria que vem sofrendo com sucessivas demissões
em massa, sobrecarga de trabalho (e desrespeito aos clientes que são obrigados
a esperar em filas imensas), sendo que os bancos lucram milhões e não querem
fazer o mínimo, que é conceder um reajuste digno, que reponha as perdas.
“A
fenaban aposta no conflito quando passa duas rodadas sem apresentar proposta e
insiste na manutenção do modelo que impõe perdas aos bancários, apesar de
reiteradas vezes o comando ter apontado que não aceita tal situação. Nesse
momento é fundamental que sindicatos e bancários resistam a esse ataque
respondendo com uma greve ainda mais forte no dia de amanhã”, avalia jeferson
boava vice-presidente da federação dos bancários de são paulo e mato grosso do
sul (feeb-sp/ms) e integrante do comando nacional dos bancários.
O comando continua disposto a negociar, porém, sinalizou aos banqueiros que
voltará à mesa apenas quando houver nova proposta a avaliar.
Greve
A paralisação nessa quinta-feira continuou crescendo. Na base da federação, o
número de postos de trabalho fechados aumentou para 2.255. Por todo o país são
mais de 12 mil, entre agências e centros administrativos.
No momento, não existe nova data para nova rodada de negociação.