Greve
segue forte por aumento digno, proteção a empregos, melhores condições de
trabalho. Tem nova rodada no dia 13/09.
A federação dos bancos (Fenaban) voltou à mesa de negociação com o Comando
Nacional dos Bancários na sexta 9, quarto dia de greve nacional da categoria, e
apresentou proposta de 7% de reajuste mais R$ 3.300 de abono.
Os representantes dos trabalhadores rejeitaram na mesa o índice rebaixado – que
representa perda salarial de 2,39% à inflação de 9,62% (INPC) –, reforçando que
não aceitarão que os bancos levem a categoria de volta à década de 1990. À
época, essa política de reajuste abaixo da inflação com abono salarial provocou
enormes perdas para a categoria.
“Voltamos a dizer: não tem crise para banqueiro, não pode ter crise para
bancário. A greve tem de crescer para que a gente conquiste um bom acordo”.
Quarto dia – No Brasil, 10.027 agências e 54
centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. Esse número
representa 42,59% das agências bancárias do país e um crescimento de 14% da
mobilização, na comparação com a quinta-feira 6, primeiro dia de paralisação. A
resposta dos bancários será o crescimento do movimento grevista em todas as
regiões do país. “Nossa resposta já está dada, vamos continuar lutando e
esperamos que na próxima rodada de negociação os bancos nos apresentem uma
proposta decente. Unidade e mobilização não faltam à categoria, que já mostrou
sua força nesta primeira semana de greve, quando batemos o recorde de
paralisações no primeiro dia.”
Nova rodada – Diante da recusa do Comando, uma
nova negociação foi marcada para terça 13, às 14h, em São Paulo.