Não se deixe manipular, informe-se com o Sindicato
Itaú,
Bradesco e Santander enviaram comunicados a seus funcionários tentando defender
o indefensável: os 6,5% de reajuste oferecido pela Fenaban (federação dos
bancos), que não cobrem nem a inflação de 9,57% (INPC entre setembro de 2015 a
agosto de 2016). “Eles estão tentando confundir os trabalhadores, mas bancário
não é bobo e sabe fazer conta. Sabe também que para um setor que lucra, e
muito, mesmo na crise, essa proposta é vergonhosa”.
O que é bom para banqueiros – que, apesar do lucro, demitem, terceirizam e
defendem medidas nefastas para o país – não pode ser bom para os trabalhadores.
“Os bancários que tiverem dúvidas devem se informar com dirigentes, pelo site ou facebook do Sindicato.”
Bradesco
– O
Bradesco afirmou em nota que os 6,5% de reajuste é superior à inflação
projetada para os próximos 12 meses. “A afirmação é enganosa: os trabalhadores
não negociam baseados no futuro, mas sim no que perderam nos 12 meses
anteriores”, observa a diretora executiva do Sindicato e funcionária do
Bradesco Neiva Ribeiro. “Tanto que reivindicam reajuste de 14,78% [reposição da
inflação, mais 5% de aumento real]”.
Itaú – A nota
do Itaú fala em transparência para, em seguida, tentar confundir os bancários
ao somar o abono oferecido pela Fenaban, de R$ 3 mil, com o reajuste proposto
pelos bancos. “Abono é dado uma única vez. Não é incorporado ao salário e não
incide sobre férias, 13º, VA, VR... Então não dá pra somar abono e reajuste e
dizer que isso cobre a inflação”, explica Marta Soares, que é funcionária do
Itaú.
Santander
– “O
presidente do Santander deu mais uma bola fora”, declara a diretora executiva
do Sindicato e funcionária do banco espanhol Maria Rosani, referindo-se à carta
que Sérgio Rial enviou aos funcionários. “Ele tenta convencer os bancários de
que devem aceitar essa proposta rebaixada porque o Santander está sofrendo as
consequências da crise, quando sabemos que o banco apresenta sucessivos lucros.
Não há crise para o Santander e não há crise para o setor bancário.”