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31/08/2016 - 10:24:44
CHUVA DE “NÃOS” EM NEGOCIAÇÃO COM A CAIXA

Sem apresentar qualquer proposta concreta para as demandas dos trabalhadores, banco público empurra empregados para a greve

“Uma chuva de nãos”. Assim, o diretor executivo do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Dionísio Reis, definiu a terceira rodada de negociações entre representantes dos empregados e da direção da Caixa. Mesmo de posse dasreivindicações desde o dia 9 de agosto, o banco não apresentou proposta palpável.

Caixa 100% pública – Uma das cobranças dos empregados é a manutenção do caráter público do banco. Na mesa, foi realizado um ato com a abertura de cartazes e uma fala do coordenador da CEE e diretor do Sindicato, Dionísio Reis, em defesa da Caixa 100% Pública. “Não aceitamos o fatiamento, com a venda de áreas como loterias, seguros e cartões. Algo ventilado na imprensa. O próprio presidente é contraditório. Por vezes confirma a intenção privatista, outras desmente”, destaca Dionísio Reis.


“Os representantes do banco dizem depender das políticas de governo. Se a intenção for o fatiamento, a abertura de capital, vão levar adiante. Portanto, é fundamental a mobilização dos empregados e da população na defesa da Caixa 100% pública. Não podemos aceitar que o banco seja submetido à lógica de mercado em detrimento do seu importante papel social e estratégico para o Brasil”, acrescenta.

Caixas – Outro ponto de destaque na negociação foi a volta da função de caixas. Apesar da direção do banco negar a extinção do cargo, o normativo RH184 prevê apenas a existência do “caixa minuto”.


“São colocados no caixa só quando a demanda é alta. Isso acarreta maior risco de erros, já que o trabalhador não possui prática e é pego no susto. E não vale a pena financeiramente: caso o bancário cometa um erro, pode perder muito mais que o valor da gratificação pelo tempo no caixa”, critica Dionísio.


Outro exemplo de problema no RH184 é a restrição ao acesso dos empregados à incorporação de função. “Em caso de descenso, antes o empregado não precisava procurar a Justiça para garantir incorporação proporcional. Agora, com o RH184, ele precisa recorrer ao judiciário. Assim, o banco intensifica a judicialização das relações de trabalho”, explica o coordenador da CEE.


Sobre a revogação da RH184, a Caixa não apresentou nenhuma proposta.

Descomissionamento – De acordo com Dionísio, uma conquista histórica dos bancários da Caixa é o processo seletivo interno. Porém, por outro lado, o banco sempre manteve em segredo a questão do descomissionamento.


Reestruturação – Outra prioridade dos trabalhadores é a discussão prévia e transparente de qualquer processo de reestruturação.


“Temos um processo de reestruturação suspenso, que nos normativos do banco oferece uma série de garantias aos trabalhadores. Mas, pelas beiradas, a direção da Caixa vai aplicando uma reestruturação disfarçada, dia após dia, com a remodelagem de áreas específicas, como aconteceu na Cehag. Neste caso, nem mesmo garantias previstas para reestruturações são asseguradas”, denuncia Dionísio.


Novamente, a direção da Caixa não se pronunciou.





Fonte: SP Bancários
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