Bancários do BB querem adoção do salário mínimo do Dieese como piso,
aplicação do índice de 6% entre faixas da tabela de antiguidade, além da
inclusão de escriturários Plano de Cargos e Remuneração.
A renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva
de Trabalho (CCT) da Campanha 2016 começou a ser discutida pelos representantes
dos funcionários e do Banco do Brasil dando atenção especial aos relacionados à
remuneração. Na primeira rodada de negociação, realizada na terça 23, os
sindicalistas insistiram que precisa haver melhora significativa no Plano de
Cargos e Remuneração (PCR). Os bancários do BB cobram a adoção do salário
mínimo do Dieese como piso, a aplicação do índice de 6% entre as faixas da
tabela de antiguidade, além da inclusão dos escriturários no plano.
“São questões consideradas essenciais para os trabalhadores, medidas que
promovem a valorização profissional e, ao mesmo tempo retiram a dependência que
hoje têm em relação às comissões”, afirma o diretor do Sindicato e integrante
da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga.
Para que os trabalhadores não tenham redução em sua
remuneração, foi cobrado que seja paga Verba de Caráter Pessoal (VCP) a todos
os funcionários de setores envolvidos em reestruturação. Além disso, a
incorporação anual do equivalente a 10% de sua comissão ao salário do
funcionário.
Para evitar o desvio de função, foi cobrado o
pagamento de substituição ao bancário que ocupe o cargo esporadicamente devido
a afastamento do superior hierárquico.
A manutenção dos auxílios refeição e alimentação
durante licenças maternidade e de saúde também foi reivindicada. Atualmente só
é pago o alimentação, comprometendo, por exemplo, a renda mensal de quem faz a
junção dos valores no vale-alimentação.
Fim das perseguições – Os dirigentes sindicais
reivindicaram, ainda, que não sejam mais assinaladas como faltas de greve as
ausências de funcionários que aderem às paralisações por melhores condições de
trabalho. Essa sinalização no prontuário é motivo de perseguição quando
os bancários disputam cargos no TAO (Talentos e Oportunidades). “Essa prática
antissindical tem de acabar. As pessoas têm direito constitucional de lutar por
salários justos e tratamento digno na empresa, sem sofrer retaliações por conta
disto”.
Saúde do trabalhador – A necessidade de adoção da pausa de dez minutos a cada 50 trabalhados e
outras medidas de prevenção à saúde nas agências digitais também foi enfatizada
pela comissão de empresa. Outra proposta foi que o banco adote medidas preventivas
ao adoecimento dos funcionários e que, inclusive, arque com todas as despesas
relativas a tratamentos psicológicos.
Os representantes do BB se limitaram a ouvir os
argumentos dos dirigentes sindicais e afirmaram que avaliariam as propostas.
Ainda não foi agendada nova rodada de negociação.