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10/08/2016 - 10:33:01
CAMPANHA 2016 – REIVINDICAÇÕES

O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban iniciam nos dias 18 e 19 deste mês de agosto o processo de negociação da Campanha 2016

BANCÁRIOS REIVINDICAM

Reajuste salarial de 14,78% (aumento real de 5% mais inflação projetada em 9,31%)
PLR de três salários mais R$ 8.317,90
Piso de R$ 3.940,24 (salário mínimo do Dieese)
Vale-refeição de R$ 40 por dia
Vale-alimentação de R$ 880
13ª cesta-alimentação de R$ 880
Auxílio-creche/babá de R$ 880
14º salário.

PAUTA GERAL:
Defesa dos direitos trabalhistas
Defesa das empresas públicas, como Banco do Brasil, Caixa, BNB e outras
Contra a reforma da Previdência que impõe idade mínima para aposentadoria
Manutenção do SUS (Sistema Único de Saúde).

 

Após um grande debate nacional, amparado por inúmeras discussões regionais, com ampla participação de toda a categoria, os bancários definiram a pauta de reivindicações geral a ser entregue à federação dos bancos, a Fenaban, visando à renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A construção da pauta começa com uma consulta às respectivas bases. Depois são debatidas regionalmente em assembleias e passam por conferências estaduais. A conclusão foi na 18º Conferência Nacional dos Bancários, de 29 e 31 de julho, em São Paulo.

Só a luta garante seus direitos

A CCT reúne todos os direitos conquistados pela categoria durante décadas de luta, tem validade nacional e a data-base é 1º de setembro.

Específicas – Além da pauta geral da categoria, há outras duas pautas, independentes umas das outras, específicas dos funcionários do Banco do Brasil e dos empregados da Caixa Federal. Ambas valem para a renovação dos respectivos acordos aditivos à CCT, que reúnem direitos adicionais exclusivos, e foram definidas em congressos nacionais.

Nesse espaço apresentamos os principais pontos das três: a geral (CCT) e específicas do BB e da Caixa. É fundamental que você se aproprie deles para fortalecer o movimento com sua participação.


Mobilize-se! SÓ A LUTA TE GARANTE!
 

PAUTA CCT (FENABAN)

A luta dos bancários contra demissões, por mais contratações, aumento real, PLR maior, fim da terceirização e condições de trabalho decentes, este ano vai se somar à mobilização nacional de toda classe trabalhadora contra a retirada de direitos como a reforma da Previdência, que pretende aumentar a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres para até 70 anos.

Remuneração – Os trabalhadores definiram reajuste salarial de 14,78%, o que representa aumento real de 5% mais inflação projetada em 9,31%. A PLR cobrada dos bancos é de três salários mais R$ 8.317,90 de parcela fixa adicional e 14º salário. Para o piso, o salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24). O valor do vale-alimentação e da 13ª cesta reivindicado é de R$ 880. Para o vale-refeição, R$ 40 ao dia.

Emprego – Além do fim das demissões e mais contratações, os trabalhadores querem a promoção da igualdade de oportunidades para todos, o fim das discriminações na contratação, nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, LGBT e pessoas com deficiência (PCDs).

No combate à terceirização no sistema financeiro, a proposta é a suspensão de todos os projetos dos que terceirizam serviços e a criação de uma comissão bipartite, com participação dos sindicatos e dos bancos, para reverter esse quadro e transformar todos os terceirizados em bancários.

Agências digitais – A pauta deste ano contém reivindicações específicas para agências digitais e sobre novas tecnologias. Uma questão fundamental é o acesso dos dirigentes sindicais a essas unidades, que tem sido dificultado pelos bancos. Há denúncias de que os bancários trabalham até oito horas comheadset  seis horas é a jornada estabelecida por lei para quem trabalha com teleatendimento. A reivindicação dos trabalhadores é de cinco horas sem redução do salário, inclusive para criação de mais empregos, já que outro grave problema é o volume muito grande de clientes para atender.


Saúde e condições de trabalho – Além da manutenção da luta contra o assédio moral e as metas abusivas, os bancários querem a melhoria nos programas de retorno ao trabalho, participação dos trabalhadores e dos sindicatos nas questões de saúde. A intenção é dar mais transparência no PCMSO [Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional] e acesso às informações dos serviços médicos dos bancos, tanto em relação a exames periódicos quanto a ações preventivas implementadas pelas empresas.

Sobre as Cipas (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), uma das demandas é que todos os locais de trabalho tenham uma e que os treinamentos e a Sipat [Semana Interna de Prevenção de Acidentes] sejam presenciais e com participação dos bancários. Também será cobrado que os planos de saúde sejam mantidos após a aposentadoria do trabalhador e custeados pelas empresas.

Segurança – Necessidade de portas giratórias nas agências, instalação de biombos nos caixas eletrônicos e o fim da guarda das chaves pelos trabalhadores, além da permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários.

Estratégia – Além da unidade entre trabalhadores de bancos públicos e privados, os bancários aprovaram estratégias de luta conjunta com outras categorias em defesa do emprego, pelo fim das demissões imotivadas, da terceirização, em defesa das empresas públicas. Também dizem não à reforma da Previdência como está apresentada pelo governo interino, à proposta que coloca o negociado sobre o legislado, e vão reforçar a luta em defesa da CLT, do SUS, além da importância de esclarecer a população sobre a alta de juros tão nefasta à sociedade.


PAUTA ADITIVO BANCO DO BRASIL

Definida no 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, de 17 e 19 de junho, em São Paulo.

Bancários do BB 
aprovam reivindicações específicas

Remuneração e condições de trabalho – Unidade na política de aumento real de salários, com o mesmo índice de reajuste aprovado para toda a categoria.

Plano de Carreira e Remuneração (PCR) com aumento nas promoções por mérito e inclusão de escriturários, piso equivalente ao salário mínimo do Dieese, e o interstício na tabela de antiguidade de 6%, com mérito maior e para todos.

Fim do assédio moral e das metas abusivas; respeito à jornada de trabalho e inclusão dos 15 minutos de descanso para mulheres dentro da jornada.

Saúde Pública e Suplementar/Cassi – Realização de um fórum nacional sobre saúde e fortalecimento do modelo assistencial de Estratégia de Saúde da Família (ESF), com a ampliação de cobertura do déficit da Cassi pelo Banco do Brasil.

Manutenção do princípio de solidariedade na Cassi e inclusão de funcionários oriundos de bancos incorporados pelo BB para que sejam assistidos pela ESF.

Serviço de prevenção mais completo, com melhorias na eficiência do Exame Periódico de Saúde (EPS), além de mais autonomia na estrutura do Serviço Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).

Maior número de ausências permitidas de todos os funcionários e das pessoas com deficiência (PCD).

Previdência Pública e Complementar/Previ – Instalação de uma mesa de negociação sobre o Economus (Instituto de Seguridade Social da Nossa Caixa). Os funcionários reivindicam que os participantes sejam os únicos beneficiários e criticam a indicação da diretoria feita apenas pelo BB, e antigamente pela Nossa Caixa.

Luta contra o PLP 268 (Fundos de Pensão), que altera para pior a governança dos fundos de pensão, acabando com a eleição de diretores e reduzindo os representantes dos participantes dos conselhos deliberativo e fiscal. Resistência também contra a reforma da previdência proposta pelo governo interino e ilegítimo de Michel Temer e defesa de uma previdência pública solidária e universal, que garanta aposentadoria integral a todos os trabalhadores.

Em relação à Previ, os funcionários do BB querem o fim da resolução 26, para que o superávit do plano de previdência seja investido na melhoria dos benefícios. Outra reivindicação é o fim do voto de Minerva no Conselho Deliberativo e a implantação de teto para os benefícios, já que os diretores do banco se aposentam ganhando muito mais que os demais funcionários.

Sistema Financeiro Nacional - Resgate social do banco público, com ênfase na defesa da democracia e das empresas públicas, além de sua importância como fomentador de desenvolvimento.

Luta contra a privatização e contra o PL 4918, chamado Estatuto das Estatais.

Regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal que trata do Sistema Financeiro Nacional.


PAUTA ADITIVO CAIXA FEDERAL

Definida no 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), de 17 e 19 de junho, em São Paulo.

Conecef aprova pauta de reivindicações específicas

Saúde do trabalhador – Pausa de dez minutos a cada 50 trabalhados estendida a todos que fazem atendimento ao público, trabalham com entrada de dados ou têm movimentos repetitivos.

Sipat (Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho) organizada conjuntamente pelo Sindicato e a Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Com toda a infraestrutura sendo garantida pela Caixa.

Abertura obrigatória de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) no prazo de 24 horas para todos os trabalhadores lotados na unidade, nas ocorrências de assalto.

Saúde Caixa – Alteração do caráter de consultivo para deliberativo do Conselho de Usuários; fortalecimento dos comitês de acompanhamento de rede credenciada, incluindo custeio pela Caixa de despesas com viagens dos integrantes.

Funcef – Manutenção do Fundo para Revisão de Benefícios, com o banco público arcando com 100% do déficit causado nas situações em que foi utilizado o voto de Minerva. Além disso, o fim desse voto.

Condições de trabalho – Investimento maior da Caixa na Gilog e demais áreas que dão suporte às unidades. Uma das medidas seria que todos os estados passem a ter setores com essa atribuição.

Para as agências as propostas são: fim do caixa minuto; manutenção da função de caixa; pagamento integral das funções; garantia da substituição para todos os cargos, independente da causa ou período de afastamento. Revisão do conceito de “agência deficitária”.

Ampliação da cobrança pela imediata reposição, via concurso público, de todos os que saíram por meio do PAA (Plano de Apoia a Aposentadoria).

Outras exigências – Toda hora extra feita deve ser paga, com o fim do banco de horas, do descomissionamento arbitrário e da GDP (Gestão de Desempenho Pessoal).

Reestruturação – Toda e qualquer reestruturação deve ser debatida previamento com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE). 

Defesa do banco público – Campanha permanente das entidades representativas dos empregados pela manutenção da Caixa 100% pública como instrumento de fomento à economia, implementação de políticas públicas, e agente de regulação e moderação do Sistema Financeiro Nacional.

Para envolver a sociedade nesse enfrentamento será mantida a campanha Mais empregados para a Caixa, Mais Caixa para o Brasil

 



Fonte: SEEB Guaratinguetá
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