Para cobrar avanços nas discussões sobre o acordo específico Bancários do Santander protestarão em diversos locais de trabalho nesta
terça-feira 26, Dia Nacional de Luta. A manifestação, orientada pela Comissão
de Organização dos Empregados (COE), é para pressionar o banco espanhol a
apresentar propostas concretas que atendam às reivindicações dos funcionários
para o Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
A pauta específica foi entregue à instituição financeira em 12 de maio. Desde
lá já ocorreram seis rodadas de negociação. Na última, em 16 de julho, diante
da falta de avanços, os representantes dos trabalhadores suspenderam os
debates.
“É um desrespeito o Santander estar há tanto tempo com nossas propostas e não
apresentar nada de efetivo. Só retomaremos a mesa quando o banco mudar de
postura e apresentar proposta concreta aos funcionários de agências e dos
complexos administrativos”.
A maioria das reivindicações é de cunho social e para melhorar as condições de
trabalho. “São questões como a revisão da política de metas, empréstimo de
férias parcelado, mudanças nas regras do convênio médico, bolsas de estudo.
Também queremos direitos similares aos dos funcionários na Espanha, que
dificilmente são demitidos, e também contratação de mais bancários.”
Falta valorização – Com base no balanço do
primeiro trimestre deste ano (o do primeiro semestre deve ser divulgado na
quarta 27), a coordenadora da COE reforça que a instituição financeira tem
condições de atender as reivindicações dos funcionários.
Nos primeiros três meses, o lucro líquido foi de R$ 1,66 bilhão, crescimento de
1,7% em 12 meses e de 3,3% em relação ao mesmo período de 2015. Segundo o
presidente da instituição no Brasil, Sérgio Rial, o resultado em grande parte
foi conquistado pela fidelização de clientes antes inativos e a incorporação de
novos correntistas. “Ou seja, isso é resultado direto do empenho de cada
trabalhador. Então por que não os reconhecer da forma como merecem?”.
“Os funcionários do Santander são os únicos entre os bancários de instituições
privadas que têm um acordo aditivo, que reúne vários avanços. É importante
defendê-lo e lutar para que seja ainda mais valorizado. E isso passa pela
adesão de todos nos protestos“.