Na mesa de
negociação, banco espanhol nega avanços aos direitos dos bancários e, o que é
pior, apresenta retrocessos, como mais empecilhos para a concessão de bolsas de
estudo
“O que a gente pode fazer por você hoje?” Esse é o slogan do Santander, mas ele não se aplica aos seus funcionários se levarmos em consideração a postura do banco espanhol durante a quarta rodada de negociação para renovação do Acordo Coletivo Aditivo, na quarta-feira 22. O documento garante uma série de direitos exclusivos aos trabalhadores da instituição financeira.
O banco não sinalizou positivamente a nenhuma
reivindicação e ainda sugeriu retrocessos: um deles é a aplicação de critérios
de meritocracia para a concessão da bolsa de estudo, como avaliação
comportamental (o trabalhador que levar uma advertência não poderá mais
concorrer pelo prazo de um ano).
“Como é que o banco usa um direito já conquistado
pela categoria e coloca critérios para transforma-lo em mais uma ferramenta de
ameaça para o cumprimento de meta? Nós repudiamos isso”.
E ainda vieram com a ideia de criação de grupos para a discussão de temas
relacionados à saúde e condições de trabalho. O detalhe é que isso já existe há
anos com debates específicos no Fórum de Saúde e no Comitê de Relações
Trabalhistas, nos quais praticamente não houve avanços nesses dois temas.
“A indignação foi geral entre os representantes dos
bancários que acompanharam a negociação”. “Os dirigentes sindicais continuarão
percorrendo as agências para conversar com os trabalhadores e explicar
propostas e reivindicações. Já que o Santander pergunta o que pode fazer por
você, nós respondemos: queremos avanços!”
O banco tampouco apresentou resposta quanto a renovação nos programas de
participação nos lucros e resultados. “Nós reiteramos que queremos discutir as
premissas do PPRS e avançar nos critérios de distribuição”.
A data prevista para a próxima rodada de
negociação, sugerida pelo Santander, é 6 de julho. “É uma falta de respeito o
banco pedir um prazo tão grande para trazer respostas às reivindicações
conhecidas há muito tempo”.