O Conselho Nacional de Defesa Econômica (Cade) bateu o martelo e
autorizou o Bradesco a adquirir as operações do HSBC no Brasil. A decisão foi
publicada pelo órgão na quarta-feira 8, após quase oito meses de apreciação.
“Aguardaremos a concretização dessa operação para nos reunirmos com
representantes das duas instituições. Nossa preocupação é com a manutenção dos
empregos e direitos dos funcionários nos dois bancos, conforme deliberamos no
Encontro Nacional dos Funcionários do HSBC”, reforçando que já há compromisso
das direções dos dois bancos com o movimento sindical, em reunião realizada em
agosto do ano passado, de não haver demissão em massa.
HSBC e Bradesco afirmam: sem demissões em massa.
Na decisão favorável à operação, há ressalva feita pelo órgão de
que o Bradesco não pode participar de fusões e aquisições de instituições
financeiras e administradores de consórcios que atuem no Brasil pelo prazo de
30 meses. Essa determinação pode não ter efeito, pois o Banco Central, caso
julgue pertinente – algo que coloque em risco o Sistema Financeiro Nacional –,
pode vir a autorizar nova compra antes desse prazo.
O Cade também determina, entre outras medidas, que o Bradesco explique aos
clientes do HSBC como funciona a portabilidade de serviços financeiros, caso
queiram mudar de instituição financeira.
A operação entre Bradesco e HSBC Brasil foi anunciada em agosto de 2015,
envolvendo R$ 17,6 bilhões.
Encontro
nacional – A incorporação do HSBC pelo Bradesco e seus efeitos
sobre os trabalhadores foi o tema central dos debates travados por dirigentes
sindicais do HSBC durante Encontro Nacional dos Bancos Privados dias 7 e 8 de
junho, onde foram definidas prioridades específicas a serem levadas à discussão
com os respectivos bancos.
Manter emprego e direitos é prioridade no HSBC
Entre as dos bancários do HSBC, definidas por 82 dirigentes sindicais
funcionários do banco de todo o país, estão a manutenção do emprego,
auxilio-educação para todos e PLR mais justa.