Em 2015, os cinco maiores bancos que atuam no Brasil (Itaú, Bradesco,
Santander, BB e Caixa) tiveram lucro de R$ 70 bilhões, crescimento de 16% em
relação a 2014. Apesar disso, no mesmo período as instituições financeiras
cortaram 9.886 postos de trabalho. Uma das consequências quem permanece nos
bancos é cada vez mais presente, a sobrecarga de trabalho.
Dados divulgados pelo Banco Central evidenciam o aumento da intensidade
do trabalho no setor financeiro. Em 2015, o número de clientes e usuários por
empregado teve aumento de 6,1% no Bradesco, 7,2% no Itaú, 5,1% no Santander e
9,4% na Caixa. O BB, que sozinho foi responsável pelo corte de 2.437 postos de
trabalho no ano passado, não disponibilizou essa informação.
Consequências
– A categoria bancária é das que mais sofrem com adoecimento. Em média,
todos os anos, aproximadamente 18 mil trabalhadores são afastados. Muitos,
mesmo com atestados médicos, arriscam sua saúde e continuam em atividade por
medo de perder o emprego. A própria federação dos bancos (Fenaban) reconheceu,
em negociação, que a pressão abusiva leva ao adoecimento.
“A sobrecarga de trabalho, junto com o assédio moral e a cobrança
abusiva por metas, é um dos fatores mais danosos à saúde do trabalhador
bancário. Além de ficar sob extrema pressão, o bancário tem de conviver com a
irritação dos clientes, que têm o atendimento prejudicado pelo número cada vez
menor de funcionários”.
Denunciem a sobrecarga, o assédio e a cobrança abusiva por metas!
“Para combater esses riscos à saúde, o bancário deve ‘colocar o dedo’ na
gestão e influenciar seu ambiente de trabalho”.