A
Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) realizou
nesta quarta-feira (11) o Seminário FEEB-SP/MS-DIEESE, na sede da UGT, no
bairro da Bela Vista, em São Paulo. O evento contou com a presença de 74
dirigentes e o Sindicato de Guaratinguetá foi representado pelos diretores Mario Fernando, Paulo Cordeiro, Aline Matheus e Carol Cozza.
A economista e técnica do DIEESE, Vivian Machado expôs o resultado financeiro
registrado pelos maiores bancos do país - Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e
Caixa Econômica Federal– no primeiro trimestre de 2016, exceto Banco do Brasil,
cujo balanço será divulgado nesta quinta-feira (12).
A
apresentação de Vivian foi seguida de debate e na sequência, explanou sobre as
novas tecnologias, seu avanço e o impacto sobre questões como o mercado de
trabalho e emprego. O investimento dos bancos na abertura de agências digitais
e o avanço das Fintechs, startups de tecnologia que prestam serviços
financeiros são alguns exemplos.
A
mesa de abertura do seminário foi composta pelo Secretário Geral da UGT,
Canindé Pegado, pelo Vice-Presidente da Federação, Jeferson Boava, pela
Diretora de Finanças da Contec, Rumiko Tanaka, pela Secretária de Organização
de Políticas Sindicais e diretora do Seeb São José dos Campos, Débora Ferreira
Machado, pelo Secretário Geral do Instituto de Promoção Social (IPROS) da UGT e
Presidente do Seeb Presidente Venceslau, Sidnei Corral e também por Aparecido
Roveroni e Reginaldo Breda, respectivamente, Diretor Financeiro e Secretário
Geral da Federação.
O Presidente da UGT, Ricardo Patah, fez uma saudação aos presentes, expressou
sua preocupação com os cortes nos postos de trabalho, trazidos pelo emprego
indiscriminado da tecnologia com o objetivo de redução das despesas com
pessoal, deu exemplo de lojas nos EUA que se utilizam dela para dispensar os
atendentes e também elogiou mais uma vez a categoria bancária.
“Pode
parecer um antagonismo”, disse, referindo-se ao fato de pertencer à categoria
dos comerciários, “mas eu sempre digo nas oportunidades que tenho para falar
aos bancários: Vocês servem de exemplo para todos nós. No que tange à
estruturação da negociação e etc, pois o resultado da mobilização é um só: o
bancário de São Paulo possui o mesmo piso salarial do bancário de Tupã ou do
Nordeste, isso para mim é uma qualidade, a valorização do ser humano”, avaliou.
Rumiko
elogiou a iniciativa da Federação de debater dois temas tão importantes para os
trabalhadores, como os resultados dos bancos e o avanço tecnológico. “Estes
temas escolhidos pela Federação é o que necessitamos. No Japão nós vimos que
ninguém vai a banco. Nos EUA e nos grandes bancos, as transações estão nos
celulares e o presidente do Itaú projeta para daqui a nove anos, 70% de bancos
virtuais”, disse. “Deste tema precisa surgir cláusulas novas em relação às
novas tecnologias, pois hoje em dia o cliente faz tudo pelo celular e o
trabalho do bancário está restrito à abertura de contas”, defendeu.
“Em
primeiro lugar gostaria de destacar a importância dos sindicatos terem atendido
nosso chamado para a discussão destes temas que são de importância fundamental
para construir a organização para a nossa campanha salarial deste ano”,
declarou vice-presidente da FEEB-SP/MS, Jeferson Boava.
“Como
os convidados que pertencem a outras categorias pontuaram, os bancários são
referência para a mobilização e negociação em outros setores e por isso,
concluo que temos toda uma responsabilidade na condução deste processo, pois
nosso posicionamento influencia não apenas nos resultados da nossa categoria,
mas serve de modelo para o conjunto dos trabalhadores. No que diz respeito às
novas tecnologias, a Federação se antecipou e trouxe para debate uma questão de
grande relevância, que aponta para um novo perfil e tipificação do trabalho
bancário e ainda, nos traz o desafio da contratação no ramo”, avaliou Boava.