Falta de funcionários em agências e
departamentos, sobrecarga de trabalho e demissões em massa. Essa é a situação à
qual o Bradesco está submetendo trabalhadores e clientes. Somente no 1º
trimestre, o banco extinguiu 1.466 postos de trabalho, mesmo com lucro de R$
4,113 bilhões no período.
“Os bancários já se queixam da sobrecarga de
trabalho. Reclamam que um único funcionário faz o trabalho de três ou quatro.
Agora, com esse aumento das demissões, além da sobrecarga, também estão com
essa angústia, esse medo de ser o próximo demitido. O banco deveria contratar,
mas faz justamente o contrário”.
Clientes –
A política de cortes do Bradesco não prejudica somente os bancários,
sobrecarregados. Os clientes também sofrem as consequências.
“De um tempo para cá, o Bradesco piorou muito.
Também, não contratam funcionários”, critica o aposentado Zé Rodrigo. “Eu vim
aqui só para tirar um dinheiro. Eu tiro o dinheiro aqui no caixa eletrônico e
vou pagar a conta que eu preciso no caixa de outro banco para não pegar fila”,
conta o autônomo Nicolas Borges.
Sobre uma possível relação dos cortes com a
aquisição do HSBC pelo Bradesco. “O HSBC está cumprindo sua palavra e não está
fazendo demissões em massa. Já o Bradesco está demitindo, não está cumprindo o
que combinou. O banco não está com problemas financeiros. A economia do país
está vivendo um momento difícil, não é hora de demitir trabalhadores sem
necessidade. O Bradesco tem de ter responsabilidade social”.